Voltaram a funcionar 23 dos 34 hospitais destruídos pelos terroristas

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19 Dezembro, 2023

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 19 de Dezembro de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Começa nos próximos dias processo de reassentamento em Quitunda

🔸 MSF considera que situação em Cabo Delgado ainda não é estável

🔸 Voltaram a funcionar 23 dos 34 hospitais destruídos pelos terroristas


O processo de atribuição de áreas de produção a 606 famílias afectadas no processo de reassentamento na Vila de Quitunda, distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, vai começar nos próximos dias, conforme garantiu ao governador Valige Tauabo, o Comité de Reassentamento.

Numa reunião que teve lugar no domingo 17 de Dezembro, na Vila de Quitunda,

o governador apelou a uma maior celeridade e colaboração entre as partes envolvidas e as comunidades reassentadas, no processo de atribuição de parcelas de terra, para a prática de actividades de produção.

O Comité de Reassentamento informou que as áreas de produção já foram identificadas, e que nos próximos dias, vai iniciar o processo de entrega de DUAT (Direitos de Uso e Aproveitamento de Terras), às famílias beneficiárias.
O Comité de Reassentamento Distrital integra as Lideranças Comunitárias, TotalEnergies, Governo Distrital e Provincial.


A Direcção Provincial de Saúde de Cabo Delgado anunciou que 23 dos 34 hospitais destruídos pelos terroristas em Cabo Delgado voltaram a funcionar, sendo que a maior parte das unidades sanitárias já retomaram as actividades.

“Nós tínhamos 34 unidades sanitárias que foram vandalizadas e a maior parte está a ser reposta gradualmente. Neste momento, temos 11 hospitais que necessitam de uma reabilitação de raíz”, avançou Anastácia Lidimba, directora provincial de saúde de Cabo Delgado.

As autoridades estão a mobilizar fundos para garantir a reconstrução.


A representante-adjunta em Moçambique da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), Francesca Zuccaro, defende ser "prematuro" falar de estabilização e de regresso à normalidade na província de Cabo Delgado, alvo de ataques terroristas, por persistir uma necessidade humanitária urgente.

"A situação de segurança continua volátil em alguns distritos de Cabo Delgado e, desde Setembro, houve múltiplos ataques que levaram à deslocação forçada de milhares de pessoas nos distritos de Macomia, Mocímboa da Praia e Muidumbe. Algumas áreas destes distritos continuam sem receber qualquer apoio nos últimos anos, uma vez que o acesso permanece um desafio devido à insegurança", afirma, em comunicado, Francesca Zuccaro, citado pela Lusa.

Francesca Zuccaro refere que em Cabo Delgado, mais de 600.000 pessoas continuam deslocadas, enquanto 540.000 voltaram às áreas de origem.

Cerca de 500 famílias, num total que ronda 1.500 pessoas, que tinham regressado em Junho às suas casas, na aldeia de Novo Cabo, em Macomia, "foram deslocadas novamente em Novembro, devido a ataques", acrescenta Francesca Zuccaro, citando dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM).


A Eni Rovuma Basin, juntamente com o Governo de Cabo Delgado, procedeu à entrega de um centro comunitário, 36 bombas de água solares e 10 toneladas de sementes diversas, para a produção de alimentos, que vão beneficiar cerca de 5000 famílias do distrito de Metuge.

Segundo a "Carta" os produtores têm agora a oportunidade de incrementar a sua produtividade, através da utilização de sementes melhoradas, que serão combinadas com um processo de irrigação eficaz.

Ainda no mesmo âmbito, a Eni Rovuma Basin, procedeu também à entrega de diverso material agrícola e de apicultura, oito furos de água e cinco latrinas melhoradas nas comunidades de Muaria, Quitivahulo, Sassalane, Muinde, Sambene, Nanguasse, Metacane e Namarapala, todas no distrito de Mecufi.

Adianta a "Carta" que estes projectos beneficiarão cerca de 9000 pessoas que passam a ter um maior acesso à água potável e saneamento, o que vai reduzir grandemente a propagação de doenças causadas pelo consumo de água imprópria.


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