Encontrado no distrito de Macomia material usado por terroristas

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14 Novembro, 2023

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 14 de Novembro de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Mortos quatro cidadãos em mais um ataque atribuído a terroristas em Macomia

🔸 Cerca de um milhão de pessoas regressaram às aldeias de origem garante governador de Cabo Delgado

🔸 Encontrado no distrito de Macomia material usado por terroristas


Um grupo armado atacou nesta sexta-feira, dia 10, um acampamento durante uma cerimónia de ritos de iniciação feminina e matou quatro mulheres, na aldeia Novo Cabo, posto administrativo de Chai, em Macomia.

Moradores disseram à Voz da América que dezenas de palhotas foram incendiadas.

O grupo alegadamente ligado ao Estado Islâmico irrompeu a tiros o local e forçou a fuga em debandada de dezenas de adolescentes que estavam em preparação para passar para a fase adulta e que seriam liberadas no fim da cerimónia no domingo, dia 12, disseram várias fontes locais.

“Houve de verdade esse ataque e morreram quatro pessoas. De manhã eram três pessoas, mas essa tarde, conseguiram localizar mais um corpo de uma mulher”, contou Mamude Rafik, morador de Macomia, cuja sobrinha escapou no ataque.

Outro morador disse que o movimento dos rebeldes trouxe de novo insegurança àquela aldeia e que um grupo de milicianos – a força local que ajuda a tropa moçambicana no combate à insurgência – tinha iniciado uma perseguição aos atacantes.

Um líder local, que preferiu o anonimato, reiterou que a situação de segurança continua frágil e que as informações, desde a semana passada, da circulação de centenas de insurgentes do Norte para o Sul da província de Cabo Delgado, tinham devolvido o medo de ataques rebeldes.

Os canais de propaganda do Estado Islâmico, a quem os terroristas que actuam em Moçambique estão associados, reivindicaram, ainda na sexta-feira, a autoria do ataque. Na sua linguagem habitual, falavam da morte de três cristãos e 15 casas queimadas.


As autoridades em Cabo Delgado estimam que perto de um milhão de pessoas regressaram às suas zonas de origem, mercê do restabelecimento de segurança nos distritos afectados pelo terrorismo, de acordo com o jornal Carta de Moçambique.

O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, reiterou que o regresso das famílias não é obrigatório, mas alguns investigadores alertam para a necessidade de reforço de segurança e de condições para a sobrevivência da população que vai regressando.

O Observatório do Meio Rural (ORM), num estudo apresentado esta quarta-feira (08), em Pemba, pelo pesquisador João Feijó, observa que em muitas zonas onde a população tende a regressar, não há serviços básicos e são reportadas ainda situações de fome, para além de fraca presença do Estado, escreveu a "Carta".

No mesmo encontro, Fidel Terenciano, investigador do IDES, defendeu que o fim do conflito em Cabo Delgado passa pela valorização das soluções locais que muitas vezes não são levadas em consideração, alertando que a população local não é ignorante.

Por seu turno, o professor Paulo Israel, também presente no encontro, observou que a resposta do governo face às incursões terroristas não deve ser apenas de intervenção militar, havendo países, como Somália, onde a estratégia fracassou e os ataques prevaleceram.


Diversos artigos supostamente pertencentes aos terroristas que actuam em Cabo Delgado, foram achados na última segunda-feira pelas Forças de Defesa e Segurança nas matas do distrito de Macomia, na zona centro desta província.

Segundo a Rádio Moçambique, os artigos, entre vestuário e material bélico, pressupõe-se que tenham sido abandonados por terroristas que tentam de forma disfarçada, voltar ao convívio familiar.

São informações avançadas, na semana passada, pelo Governador de Cabo Delgado, durante encontros que manteve com famílias retornadas na ilha Vamizy e na sede do posto administrativo de Ulumbe, no âmbito da visita ao distrito de Palma.

Valige Tauabo, referiu que nos últimos tempos são frequentes os casos de terroristas que depõem as armas e se entregam às autoridades, como resultado do perdão concedido pelo chefe de estado, Filipe Nyusi, àqueles que se mostram arrependidos, refere a RM.

O Governador de Cabo Delgado, aproveitou a ocasião para reforçar o apelo às famílias que tenham membros nas fileiras dos terroristas, para os persuadirem a deixar as matas e voltar ao convívio familiar.


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