Muidumbe: Ataque terrorista resulta em cinco militares mortos 

Um ataque descrito por algumas fontes como “emboscada” e por outras como “ataque a um posto avançado” das FDS resultou na morte de, pelo menos, cinco militares das FADM e ainda no ferimento de vários outros. A incursão terrorista teve lugar no sábado.
3 Maio, 2023

Trata-se do segundo ataque que se pode considerar de “grande envergadura” a posições das forças governamentais, depois de os dois meses de pico da época chuvosa (Janeiro e Fevereiro) terem passado com uma situação de aparente controlo de ataques terroristas, realidade, aliás, que já vinha sendo associada, por especialistas, a dificuldades de movimentação por parte dos grupos terroristas.

No concreto, as fontes que sugerem emboscada apontam que tudo aconteceu na zona conhecida por “Monte curva”, no troço Mandava – Mandela, distrito de Muidumbe, norte de Cabo Delgado. Aparentemente, um contingente das Forças de Defesa e Segurança ia a caminho da zona sul de Mandava, concretamente para a aldeia Mandela, e perante o que se descreve como “fuga de informação”, terroristas terão conseguido montar emboscada contra os militares governamentais. 

Já as fontes que indicam ter sido uma incursão contra um posto avançado das Forças de Defesa e Segurança avançam que o ataque começou de manhã e prolongou-se até à tarde. Os pormenores são ainda escassos, mas fontes locais disseram ao mediaFAX que os combates foram intensos e que um helicóptero foi chamado para evacuar as vítimas e trazer reforços. As estimativas iniciais de vítimas mortais variam entre cinco e sete, com potencial de os feridos poderem alcançar pelo menos 12 elementos. Os feridos foram levadas para Pemba, a capital provincial, para tratamento. 

O ataque teve lugar depois de, três dias antes, um grupo das FADM e das Forças Locais, em patrulha nos arredores de Mandava, ter descoberto um acampamento de terroristas perto do rio Messalo. No local, notou-se sinais de construção de cabanas e plantio de milho. 

Além da questão do fim da época chuvosa e, consequentemente, maior capacidade de movimentação por parte dos grupos terroristas, especialistas sugerem, igualmente, que contrariamente ao triunfalismo demonstrado pelas forças governamentais em Janeiro, afinal, o desencadeamento da operação “Vulcão IV” não conseguiu “limpar” muitas regiões adjacentes ao rio Messalo. 

Ao que tudo indica, os grupos continuam a movimentar-se ou a manterem acampamentos e posições ao longo daquele curso de água.

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