Mais duas aldeias atacadas
Trata-se das aldeias Nova Vida, em Macomia, e Mungwe, no distrito de Muidumbe, o que obrigou a população que tentava reconstruir as suas vidas a pernoitar nas matas e esconderijos, buscando, outra vez, por lugar comparativamente seguro. O ataque a estas duas aldeias teve lugar depois de os grupos terem passado novamente pela aldeia V Congresso e confrontado a posição da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) estacionada naquele ponto. Do ataque a esta posição, fala-se da destruição de cabanas que tinham sido instadas pelos membros da UIR, assim como o roubo de diverso material bélico.
Além da posição da UIR, a zona do V Congresso em direcção à base Katupa tem outras posições ocupadas pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), mas a presença massiva das Forças de Defesa e Segurança não foi suficiente para dissuadir as pretensões dos grupos que, nos últimos dias, tentam implementar à risca a campanha e saga assassina, que prevê a intensificação de ataques em todo o mundo.
Na passagem pelas aldeias Nova Vida e Mungwe, os terroristas saquearam mantimentos e queimaram muitas cabanas da população. Não há relatos de mortos no seio da população civil, pelo facto de esta ter conseguido fugir para as matas a tempo.
Com os últimos ataques, no distrito de Nangade, particularmente nas aldeias limítrofes com Mocímboa da Praia e Palma, as autoridades lançaram campanhas de sensibilização para que a população denuncie prontamente quaisquer sinais de movimentações estranhas.
Diversos troços da N30, incluindo naqueles nos quais se circulava com algum à vontade, houve reactivação de escoltas militares.
Na vila sede de Mocímboa da Praia, a população continua a tentar sair, apesar da proibição imposta pelas autoridades militares. Nisto, uma reunião com as Forças de Defesa e Segurança ficou o acordo de que as pessoas podem sair da vila, mas não se permite que levem trouxas ou malas. A força ruandesa também tem estado a intensificar a acção sensibilização junto às populações para que não saiam da vila, à base da garantia de que há segurança e tudo estava a ser feito para perseguir os grupos.