ONG acusada de desviar dinheiro da assistência humanitária em Cabo Delgado

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22 Junho, 2023

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 22 de Junho de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 ONG acusada de desviar dinheiro da assistência humanitária em Cabo Delgado.

🔸 Moçambique pronto para reabrir fronteira com a Tanzania, em Namoto, distrito de Palma.

🔸 FDS e ″Namparamas″ chegam a entendimento na localidade Salaué, em Ancuabe


A direcção do Instituto de Desenvolvimento Económico e Social (IDES), uma ONG sem fins lucrativos criada em 2021, está a ser acusada de desvio de avultadas somas de dinheiro alocadas para a implementação de projectos de assistência humanitária, na província de Cabo Delgado.

Segundo o jornal Evidências, os doadores já não confiam o seu dinheiro ao Governo para a implementação de projectos, devido aos recorrentes esquemas de corrupção e desvios de aplicação.

De acordo com aquele jornal, o alegado esquema de desvio de fundos iniciou-se em Maio de 2022, quando o Instituto de Desenvolvimento Económico e Social beneficiou de duas subvenções.

O IDES foi contratada pela Fundação Aga Khan Moçambique para implementar um projecto de coesão social, financiado pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para projectos em Moçambique (UNOPS). Em Novembro do mesmo ano (2022), foi indicada para prestar serviços à própria UNOPS.

Os membros da direcção, Filder Teterenciano, director executivo e Zito Pedro, presidente da mesa da assembleia geral, são acusados de viciação e sobrefaturação no processo de compra de materiais de escritório, e de recrutar pessoas sem competência.

Na sua versão dos factos, a direcção IDES disse que a denúncia foi feita por pessoas mal intencionadas, que querem manchar o nome da instituição, sem fins lucrativos.


A reabertura da fronteira entre Moçambique e a Tanzania, através do posto de passagem de Namoto, distrito de Palma, província de Cabo Delgado, está agora dependente das autoridades tanzanianas, segundo o comandante geral da Polícia, Bernardino Rafael.

Citado pelo jornal Notícias, Bernardino Rafael disse que o lado moçambicano está pronto para a abertura. 

Agentes da polícia, migração e alfândega já foram destacados do lado de Moçambique e cabe agora aos dois governos resolver política e diplomaticamente a questão, sublinhou.

Com a fronteira encerrada, as pessoas só podem atravessar legalmente na ponte de Negomano, o que representa um enorme desvio. 

O comércio transfronteiriço com a Tanzânia é de vital importância para a economia local, no nordeste de Cabo Delgado, mas a Tanzania parece relutante em reabrir a fronteira, por razões óbvias.


As boas relações dos soldados ruandeses com a população em Mocímboa da Praia, parecem estar a ofuscar os agentes da força moçambicana, naquela região.
Segundo a "Carta" as tropas do Ruanda têm maior aceitação da população do que as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas. Tudo se deve ao ambiente de boas relações que os homens de Paul Kagame mantêm com as famílias regressadas, nos bairros da vila de Mocímboa da Praia e arredores.
 
Uma fonte contou à "Carta" que as boas relações entre os soldados ruandeses e a população, não se limitam apenas ao contacto, mas já é uma cultura que se vem enraizando, não sucedendo o mesmo com as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas, vistas com desconfiança pelos civis, devido ao seu comportamento.

A mesma fonte destacou o facto de os soldados ruandeses financiarem os jovens para a realização de pequenos negócios, promovendo também uma cultura de diálogo, que permite a recolha de informação relevante, que ajuda a controlar os movimentos estranhos, no distrito de Mocímboa da Praia.


Na sequência de relatos sobre maus tratos e violação dos direitos humanos na localidade Salaué (Silva-Macua), no distrito de Ancuabe, alegadamente protagonizados pelas FDS, realizou-se recentemente um encontro com elementos da Força Local, conhecidos por ″Namparamas″, e as forças governamentais.

Segundo o jornal “Carta de Moçambique”, este foi o mecanismo encontrado para pôr fim aos desentendimentos entre as duas partes, esperando-se que as forças locais e governamentais possam colaborar na manutenção da ordem e segurança pública, sem pôr em causa os direitos humanos.
 
Depois do encontro, os residentes confirmaram que a prática de abusos, aparentemente, reduziu e espera-se que doravante a situação se mantenha. 


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