Terroristas voltam atacar sede do distrito de Quissanga

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5 Março, 2024

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 05 de Março de 2024. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Terroristas voltam atacar sede do distrito de Quissanga

🔸 Presidente Nyusi promete medidas contundentes contra terroristas

🔸 Nova onda de deslocadas preocupa ACNUR


Um grupo de terroristas escalou, na manhã de 2 de Março, a sede do distrito de Quissanga, em Cabo Delgado, onde obrigaram a população a participar numa reunião

Um residente disse ao jornal "O País" que o grupo também arrombou uma loja e retirou produtos alimentares que foram transportados por crianças para as matas da aldeia Mussomero.

Depois disso, o grupo armado regressou à vila, tendo dito que só estava à procura de comida por causa da fome, e pediu que ninguém fugisse porque não estava para fazer mal.

Entretanto, através das redes sociais, circularam informações neste domingo que o grupo tinha escalado a ilha Quirimba no distrito de Ibo. Em Quirimba há também muitas famílias deslocadas do posto administrativo de Mucojo, distrito de Macomia.


O Presidente Filipe Nyusi, promete "medidas mais contundentes" para a nova vaga de ataques em direcção ao sul de Cabo Delgado, assegurando que o governo está a trabalhar em medidas que vão ser tomadas para ultrapassar a situação.

Filipe Nyusi falava, na sexta-feira, durante um encontro com estudantes moçambicanos na Argélia, no âmbito de uma visita de trabalho àquele país.

O Presidente Nyusi, citado pela imprensa, explicou aos estudantes que a situação tinha se abrandado bastante e as populações já estavam a voltar às vilas que tinham sido ocupadas anteriormente pelos terroristas e que foram recuperadas.

Contudo, segundo o Presidente da República, nessas últimas semanas, há uma tendência de grupos pequenos atacarem algumas aldeias com uma tendência de descer para os distritos do sul.

Mazeze, Chiúre-Velho, Mahipa, Nacoja B e Nacussa, no distrito de Chiúre são alguns locais onde milhares de pessoas foram forçadas a abandonar devido aos ataques terroristas.


O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) diz estar “profundamente preocupado” com a escalada da crise humanitária em Cabo Delgado.

O porta-voz do secretário-geral da ONU disse em Nova York que desde a última eclosão de violência e ataques a civis no início de fevereiro, mais de 70.000 pessoas foram deslocadas à força em toda a região.

O porta-voz, citado pela DW, sublinhou que aproximadamente 90% das pessoas deslocadas são mulheres, muitas delas grávidas, pessoas com deficiências e idosos.

Entretanto, a ACNUR e outros parceiros garantem que estão a fornecer artigos de ajuda essenciais e estão a ser planeadas e discutidas intervenções adicionais com as autoridades locais.


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