Terroristas atacam, matam, saqueiam mantimentos e fazem reféns

Em mais um episódio que ressuscita questionamentos  sobre o posicionamento e desdo bramentos operativos e estratégicos  das Forças de Defesa e Segurança  (FDS), mais um ataque “bem suce dido” foi protagonizado por grupos  terroristas, à Ilha Matemo, distrito  do Ibo, nesta terça-feira.  
4 Fevereiro, 2022

Em mais um episódio que ressuscita questionamentos  sobre o posicionamento e desdobramentos operativos e estratégicos  das Forças de Defesa e Segurança  (FDS), mais um ataque “bem sucedido” foi protagonizado por grupos  terroristas, à Ilha Matemo, distrito  do Ibo, nesta terça-feira.  

Fontes citadas pela Zitamar News sugerem que os atacantes chegaram à  ilha transportados num barco quando  eram cerca das 17 horas e rapidamente  começaram a queimar casas e vanda lizar, saquear e destruir barracas de  comerciantes locais. Na incursão, que  terá durado toda a noite e madrugada do  dia seguinte, pelo menos, três pessoas  terão sido mortas. Outras fontes falam  de números maiores no que às vítimas  humanas diz respeito. O hospital local também terá sido incendiado.  

Grande parte dos danos se concen trou nos bairros de Palussança, Mitupa e  Gamba, segundo um comerciante local. 

Os insurgentes abandonaram Matemo na manhã seguinte, por força da acção  de helicópteros das Forças de Defesa e  Segurança, que só se fizeram à ilha nas  primeiras horas de quarta-feira.  

Ao que o mediaFAX soube a ilha  não tem uma posição permanente das  Forças de Defesa e Segurança, apesar  do histórico de anteriores invasões  terroristas à ilha. A posição militar  está só na sede distrital do Ibo. 

O Sistema de Informações sobre  Incêndios para Gerenciamento de  Recursos da NASA (FIRMS) detectou  três incêndios em áreas construídas da  ilha de Matemo às 00:20 hora local em  02/02/22, coincidindo com o horário  relatado do ataque. 

À medida que os insurgentes fugiam, teriam levado produtos do saque  e reféns. Eles saíram num barco deno minado “Wasafi”, que, entretanto, terá sido recuperado com os bens roubados  a bordo e levado para Pemba. 

A forma como o ataque aconteceu sugere, para algumas fontes,  que a principal intenção dos grupos  é assegurar o seu reabastecimento,  particularmente alimentar.  

Na semana passada, recorde-se,  Bernardino Rafael disse que os grupos  terroristas andam fragilizados, com  fome e com sede, pelo que era tempo  de apertar e não lhes dar tréguas.  

Mensagens deixadas 

Tendo permanecido em Mate mo durante a noite toda, os terroris tas tiveram ainda tempo de deixar  mensagens escritas. São inscrições  de ameaça e desafio.  

Numa das tendas que alberg deslocados escreveram, em swahil, qualquer coisa como: “Não se per guntem quem são. Eu sou soldado de  Allah/Deus Jun – Duli”.Noutra deixaram uma inscrição  mais ousada e de autêntico desafio  às Forças de Defesa e Segurança de  Moçambique, da SADC e do Ruanda.  “Não pensem que esses porcos que vos  protegem hão-de vos ajudar. Mesmo  esses da SADC e do Ruanda”.  Matemo faz parte das Ilhas  Quirimbas a cerca de 90 km a norte  de Pemba e alberga pelo menos 1000  famílias deslocadas pelo conflito em  Cabo Delgado. Relata-se que um dos  mortos era um deslocado de Quiterajo.  A região ao redor sofreu recentemente  uma onda severa de ataques, incluindo  um ataque na ilha de Quilhaule, 30 km  ao sul de Matemo, a 13 de Janeiro.  (Redacção/Zitamar)

,

Receba as noticias via WhatsApp e Telegram!

Para subscrever pelo WhatsApp, clique o botão abaixo e selecione o seu idioma de preferência. Por favor, salve nos seus contactos o número do WhatsApp do Plural Media. Fique tranquilo que ninguém poderá ver o seu contacto.Para subscrever pelo Telegram, clique no botão e siga as instruções no Telegram. O seu contacto não será público.

Popular

magnifierchevron-down