Força Local solicita arma de Administrador para lutar contra terroristas em Mocímboa da Praia

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10 Janeiro, 2024

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 10 de Janeiro de 2024. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Seis mortos em mais um ataque terrorista em Cabo Delgado

🔸 MSF lamenta morte de seu trabalhador num ataque terrorista em Mocímboa da Praia

🔸 Força Local solicita arma de Administrador para lutar contra terroristas em Mocímboa da Praia


Seis mortos foram registados em mais um ataque terrorista nos distritos de Mocímboa da Praia e Muidumbe, norte de Cabo Delgado, onde também há registo de destruição de casas e roubo de bens.

Segundo a "Carta", as cinco mortes resultaram de três ataques reportados entre quinta-feira e sábado, nas aldeias Malinde, Chinda e Chimbanga, em Mocímboa da Praia.

Fontes disseram à "Carta" que, dos cinco mortos, três foram registados na aldeia Chimbanga, que fica a menos de 10 quilómetros da vila de Mocímboa da Praia, onde igualmente saquearam e destruíram bens. Uma das vítimas era um trabalhador local da instituição de caridade MSF.

Os outros dois mortos registaram-se na aldeia Chinda, enquanto em Malinde, os terroristas roubaram vários produtos, sem causar vítimas mortais.

Os recentes ataques terroristas colocam à prova as forças do Ruanda, responsáveis do cordão de segurança em Mocímboa da Praia, numa altura em que as incursões provocaram deslocamentos forçados de diversas famílias, sobretudo de Chimbanga para a vila sede.

De acordo com a Zitamar News, os ataques de Chimbanga e Chinda, foram reivindicados pelo Estado Islâmico (EI).


A organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MSF) está em choque com a morte de mais um trabalhador seu, durante um ataque terrorista no dia 5 de Janeiro, à aldeia Chimbanga, no distrito de Mocimboa da Praia, em Cabo Delgado. Num comunicado a MSF informa que três pessoas perderam a vida, juntamente com o promotor de saúde da organização, de apenas 30 anos de idade.

“Estamos de luto e muito tristes com a perda do nosso colega neste ataque, em tão tenra idade. Este nosso colega era um membro activo da comunidade que estava empenhado em ajudar a salvar dezenas de vidas através da divulgação de mensagens de promoção da saúde, e identificação e encaminhamento de pacientes para cuidados especializados, incluindo grávidas e crianças. Estamos a prestar todo o apoio que podemos à família e à nossa equipa” frisa a coordenadora de emergências da MSF, em Cabo Delgado, Marta Cazorla.

No comunicado, a MSF lembra que em 2023, um trabalhador seu também foi morto durante um ataque, enquanto viajava num transporte público, em Macomia.

A MSF diz que embora tenha havido uma narrativa crescente de estabilização em Cabo Delgado, a situação de segurança permanece volátil, com a morte e deslocação forçada de civis a ser observada de forma regular.


O governo do distrito de Mocímboa da Praia, liderado pelo administrador Sérgio Domingos, visitou no dia 04 de Janeiro de 2023, as famílias da aldeia Ntotwe que perderam os seus bens em consequência do ataque de 3 do corrente mês. A informação é avançada pelo Gabinete de Imprensa do Governo do distrito de Mocímboa da Praia.

Xadrequi Amuli Chilindo, Líder Comunitário daquela aldeia, agradeceu a visita e o gesto do governo sobre o sucedido. Por outro lado, o líder lamentou o facto da sua aldeia não ter acesso a armas de fogo, uma vez que já existem membros da força local capacitados, à semelhança de muitas outras aldeias do distrito.

O líder pediu que as autoridades levassem em consideração esta preocupação como reforço na resistência sobre o inimigo.

Sérgio Domingos Cipriano, Admnistrador do Distrito, agradeceu a boa colaboração das comunidades, ultimamente, na denúncia de movimentos de pessoas suspeitas nas suas aldeias, porque isso facilita o trabalho de todas as partes envolvidas na gestão dos desafios que o distrito atravessa, na luta contra o terrorismo.

De acordo com o gabinete de imprensa, o Administrador do Distrito insistiu na prática da agricultura, como meio fiável de subsistência da comunidade.

Na aldeia Ntôtwe, os terroristas queimaram 23 casas e oito estabelecimentos comerciais, tendo sido perdidos vários bens, e apoderaram-se de vários produtos alimentares.


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