Estado ausente nas zonas de retorno dos deslocados em Cabo Delgado
Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 02 de Março de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.
Para já os destaques:
🔸 Departamento de Defesa dos EUA diz que terroristas mataram mais de mil pessoas em Moçambique
🔸 PNUD aloca 19 milhões de euros para recuperação de Cabo Delgado
🔸 Estado ausente nas zonas de retorno dos deslocados em Cabo Delgado
Os ataques terroristas em Moçambique durante o ano 2021, resultaram em 1.127 mortos entre civis, forças armadas e combatentes islâmicos, segundo um relatório do Departamento de Estado norte-americano conhecido esta terça-feira.
De acordo com o relatório do gabinete de contraterrorismo da diplomacia norte-americana para as atividades terroristas em todo o mundo, o ano de 2021 foi assinalado pela tomada da vila de Palma, em Cabo Delgado, norte do país, pelo Estado Islâmico em Moçambique (EI-M), em Março.
Citado pela DW África em Português, o relatório adianta que a resposta das forças conjuntas das forças armadas moçambicanas e do Ruanda, que "recuperaram quantidades significativas de território", sob controlo do grupo terrorista, também foi detectada.
O departamento de defesa dos EUA, fez igualmente a revista dos pricipais acontecimentos terroristas desde 2021 em Moçambique, como a expansão dos ataques a Nampula e Niassa.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) anunciou a assinatura de um projeto com o Governo de Moçambique, para recuperar Cabo Delgado, no valor de 19 milhões de euros..
Segundo a agência Lusa, o projeto de dois anos, intitulado “Estabilização e Recuperação Imediata da Província de Cabo Delgado” é financiado pelos Países Baixos e União Europeia (UE).
O objetivo é “apoiar os esforços do Governo” de estabilização e recuperação e “lançar as bases necessárias para fortalecer a paz e promover o desenvolvimento da região”.
O PNUD tem apoiado “o restabelecimento de serviços básicos por meio da reabilitação e reconstrução de infraestruturas públicas destruídas, e recuperação económica, através de intervenções monetárias e apoio aos meios de subsistência”, conclui a notícia da Lusa.
Um novo estudo alerta para os perigos da ausência do Estado nas áreas onde as populações começaram a regressar em Cabo Delgado, sendo necessária mais intervenção e aposta em infraestruturas básicas, refere a DW.
Segundo o estudo, lançado no dia 8 de Fevereiro em Maputo, o Estado está ausente nos locais de retorno das populações vítimas da violência armada, em alguns distritos das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, no norte de Moçambique.
Citada pela emissora alemã DW, a investigação indica ainda que nessas zonas, onde as populações estão agora a regressar, há sérios riscos dos terroristas se aproveitarem da ausência do Estado.
Segundo o diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento Social e Económico (IDES), Fidel Terenciano, neste momento, os terroristas estão a desenvolver campanhas de desinformação, para granjear simpatias das populações.
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