Dois caçadores decapitados por terroristas no distrito de Macomia

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19 Outubro, 2023

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 19 de Outubro de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Dois caçadores decapitados por terroristas no distrito de Macomia

🔸 Consórcio emite manifestação de interesse para contrato de projeto de engenharia, na área do Rovuma

🔸 Autoridades ansiosas pelo levantamento dos “casos de força maior” nos projectos de gás em Cabo Delgado


Dois caçadores de animais de pequeno porte foram barbaramente assassinados por um grupo de terroristas, nas matas localizadas entre Ilala e Chai, no distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado.

De acordo com fontes locais do Integrity Magazine News, o acto bárbaro aconteceu na última sexta-feira (13.10) quando um grupo de oito caçadores de animais de pequeno porte, se decidiu separar para que a caça fosse mais produtivaEntretanto, ao longo do processo, os dois depararam-se com um grupo de terroristas que caminhavam naquela região, tendo na ocasião, decapitado os dois caçadores.

Anota o jornal que os ataques em Cabo Delgado tinham reduzido bastante nos últimos dias, principalmente numa altura que circulam informações de falta de logística no seio do grupo terrorista, que desde 2017 aterrorizam as populações dos distritos de Mocímboa da Praia, Macomia, Nangade, Ancuabe, Meluco, Muidumbe, Palma, Mueda, Balama, entre outros.


Moçambique Rovuma Venture, o consórcio da ExxonMobil, Eni e China National Petroleum Corporation que opera o bloco de concessão de gás Área 4, ao largo da costa de Moçambique, em Cabo Delgado, emitiu um pedido de manifestação de interesse para o contrato de projeto de engenharia.

O mesmo diz respeito à parte de recolha de gás do seu projecto de gás natural liquefeito (GNL) em terra, conhecido como Rovuma LNG.

Segundo a Zitamar, a oportunidade também inclui potencialmente o contrato mais lucrativo para engenharia, aquisição, construção e instalação dos trabalhos do projecto Rovuma LNG.

A ExxonMobil, a Eni e a China National Petroleum Corporation operam o bloco de concessão de gás Área 4, ao largo da costa de Moçambique, na província de Cabo Delegado


O anúncio da francesa TotalEnergies de que está pronta para reiniciar os trabalhos na Península de Afungi é esperado há meses, mas não conta com o apoio unânime das autoridades moçambicanas, nomeadamente dos responsáveis pelas forças de segurança do país, escreve a publicação Africa Confidential, na sua última edição.

O almirante Joaquim Mangrasse, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), tenta há meses que a declaração de "força maior", que actualmente bloqueia os trabalhos do projecto Mozambique LNG, seja levantada o mais rapidamente possível.

Segundo a "Carta" esta medida legal está em vigor desde 21 de Abril, no local da futura fábrica de liquefação de gás na Península de Afungi, na província de Cabo Delgado.

A deterioração da situação de segurança no norte de Moçambique obrigou a TotalEnergies a interromper os trabalhos nos dois projectos de liquefação no local, que serão capazes de produzir 12,9 milhões de toneladas de gás por ano, quando estiverem concluídos.

A impaciência de Mangrasse é partilhada pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, que faz visitas regulares a Cabo Delgado, a pedido do Presidente Filipe Nyusi.

O levantamento dos “casos de força maior” não está nas mãos do Estado moçambicano, mas nas mãos das empresas petrolíferas que trabalham no GNL de Moçambique. A TotalEnergies, que é a operadora e principal empreiteira do projeto, tem dado cada vez mais sinais nos últimos meses de que pretende retomar os trabalhos em breve.

As conversações entre os executivos da TotalEnergies e o seu chefe, Patrick Pouyanne, indicam que uma decisão será tomada antes do final do ano.


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