Novo ataque na aldeia Antadora em Mocímboa da praia

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28 Novembro, 2023

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 28 de Novembro de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Comissão criada para manter diálogo com terroristas em Cabo Delgado

🔸 Novo ataque na aldeia Antadora em Mocímboa da praia

🔸 PNUD aloca meios agrícolas a quatro distritos assolados pelos ataques terroristas

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O presidente do Conselho Islâmico de Moçambique anunciou, na última semana, em Luanda, que a comissão internacional vai trabalhar na província de Cabo Delgado, realizando um “diálogo com os insurgentes”, para alcançar a paz na região.

“Estamos a trabalhar em várias vertentes, como (líder) religioso, como membro do Conselho de Estado e não só. Nomeou-se uma comissão composta por membros de países vizinhos, também da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] e com alguns membros da comunidade europeia. Estamos a trabalhar neste sentido e já estivemos em Cabo Delgado também”, respondeu o Sheikh Aminuddin Muhammad, citado pela Agência Lusa.

Falando no final de um culto na mesquita Ebad Al Rahman, em Luanda, capital de Angola, onde cumpre uma jornada de trabalho, o presidente do Conselho Islâmico de Moçambique (CISLAMO), notou que várias ações têm sido desenvolvidas em Cabo Delgado, para a pacificação da região.

O Sheik Aminuddin Muhammad, também membro do Conselho de Estado e presidente do Conselho das Religiões em Moçambique, salientou que o problema de Cabo Delgado “não é religioso”, e que este emergiu em consequência da descoberta de recursos.

De acordo com o líder islâmico, os muçulmanos vivem em Moçambique há mais de mil anos, antes do domínio colonial, e nunca foram terroristas, mesmo após o país alcançar a independência, quase há 50 anos.

“O problema de Cabo Delgado só surgiu depois da descoberta dos recursos, então deve-se perguntar aos políticos porque agora e não antes”, argumentou.


O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) disponibilizou, na semana finda, à população de quatro distritos anteriormente assolados pelos ataques terroristas, diferentes materiais no âmbito da reconstrução do tecido social, da província de Cabo Delgado.

Segundo a média local, trata-se dos distritos de Mocímboa da Praia, Palma, Quissanga e Nangade que receberam do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 36 motorizadas, 4 tractores, 4 alfaias e 36 computadores, com o objectivo de melhoramento da produção alimentar.

Na ocasião, o secretário do estado, António Supeia, apelou aos administradores dos distritos em causa, para cuidarem dos materiais ora recebidos, dando uma manutenção adequada para garantir uma vida longa.

O representante do PNUD em Cabo Delgado explicou que o apoio visa contribuir para o aumento da produção agrícola, por parte das famílias que retornaram às suas zonas de origem e reduzir a dependência dos apoios humanitários.


Mais um ataque terrorista, na quarta-feira, foi protagonizado nas regiões entre Muidumbe e Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, contra propriedades de civis residentes na aldeia Antadora, localizada na zona limítrofe entre os dois distritos, escreveu o Integrity Magazine News.

Segundo o jornal, o grupo Estado Islâmico, reivindicou o ataque, mas felizmente não houve assassinato de civis, apenas vandalização e queima de residências assim como, o saque de bens, como bicicletas e produtos alimentares diversos.

O ataque ocorreu no dia em que o Presidente da República avançou que os militares nacionais deveriam ficar preparados para liderarem, por si sós, os combates, sem o apoio dos países que, nos últimos anos, vêm ajudando no combate aos terroristas que, desde 2017, protagonizam incursões armadas em Cabo Delgado.


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