Portugal defende a manutenção da missão de treino da União Europeia em Moçambique

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5 Dezembro, 2023

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 05 de Dezembro de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Portugal defende a manutenção da missão de treino da União Europeia em Moçambique

🔸 Faltam serviços básicos de saúde no distrito de Montepuez

🔸 Insurgentes voltaram ao rio Messalo no mês passado


Portugal defende a renovação de mandato da missão de treino da União Europeia (UE) em Moçambique, sendo que aquele país “estará sempre na linha da frente da ajuda para combater o terrorismo em Cabo Delgado”.

Citado pela Agência Lusa, o embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, prometeu que vai lutar para que a Missão de Treino da União Europeia em Moçambique (EUTM-MOZ, sigla em inglês), renove o seu mandato.

António Costa Moura, falava à margem de um encontro que manteve com a Comunidade Islâmica de Cabo Delgado, em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, norte de Moçambique.


A falta de serviços básicos de saúde está a excluir a assistência médica e a criar transtornos às várias comunidades do distrito de Montepuez, no sul da província de Cabo Delgado, uma situação que se tem agravado na época chuvosa.

Segundo reportou a Rádio Moçambique, em Pemba, a aldeia Lusaka, distrito de Montepuez, é exemplo disso. Nesta comunidade a população percorre 95 quilómetros, para chegar à unidade sanitária mais próxima.

Natite, Mpuhu, Ntola e Ntili, são as outras comunidades do distrito de Montepuez, onde a população percorre longos quilómetros para encontrar uma unidade sanitária.

Citado pela Rádio Moçambique, o Director do Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social, de Montepuez, João Paulo Andala, disse que se está à procura de parceiros para a construção de unidades sanitárias, naquelas regiões.

João Paulo Andala acrescentou que tem sido um grande constrangimento dar assistência sanitária àquelas famílias, dando como exemplo a campanha de vacinação, que só acontece antes das chuvas.


Os incidentes registados na última quinzena de Novembro, indicam que alguns insurgentes conseguiram regressar à zona do rio Messalo, uma zona que lhes tem servido de refúgio, desde o início da insurgência.

A destruição das bases Mbau, Siri 1 e Siri 2, estava entre os primeiros objectivos das forças de intervenção internacionais, em 2021. Com o seu número agora bastante reduzido, a sua presença é provavelmente melhor descrita como campos e não como bases.

No entanto, quando combinados com os restantes terroristas espalhados pela floresta de Catupa, representam um risco de segurança nos distritos de Mocímboa da Praia, Macomia, Meluco, Muidumbe, Mueda e Nangade. Aqueles que enfrentam esse risco são os moradores das aldeias, muitos deles retornados, assim como as Forças Locais.

No início do mês, o movimento de insurgentes para sul, na direcção de Quissanga, foi provavelmente um esforço para evitar as operações das RSF e da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM) na floresta de Catupa, como parte da Operação Golpe Duro, em curso.

O avanço para sul permitiu-lhes atravessar a estrada N380, a sul da vila sede de Macomia, antes de virarem para norte, em direcção ao rio Messalo. Isto provavelmente explica o movimento de insurgentes na semana de 13 de Novembro, perto das aldeias de Onumoz e Chicomo. Ambas aldeias ficam a oeste da N380, no distrito de Macomia.

Segundo uma fonte, o grupo implantou engenhos explosivos improvisados nesta área, provavelmente como medida defensiva, para impedir a aproximação das forças internacionais às novas bases do rio Messalo.

Esta observação consta no mais recente relatório do projecto Cabo Ligado da ACLED, sobre a violência armada no norte de Moçambique.


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