Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 31 de Janeiro de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 PMA precisa de mais dinheiro para responder à crise humanitária em Cabo Delgado.

🔸 Terroristas escalam aldeia Calugo sem causar danos.

🔸 Grécia doa 400 mil euros para a reconstrução de Cabo Delgado.

O Programa Mundial Alimentar (PMA) necessita de 102.5 milhões de dólares para suprir as necessidades de assistência alimentar e humanitária, das pessoas afectadas pelo terrorismo nas provincias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, no norte de Moçambique.

Segundo a Voz da América, a informação foi avançada por Antonella D’Aprile, directora nacional e representante do PMA em Moçambique, à margem da visita, a Maputo, da embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield.

Antonella D’Aprile revelou que o PMA "tem disponível apoio humanitário que chegará ao fim, em Janeiro" e que necessita de mais ajuda financeira para os próximos seis meses. Acrescentou que, sem apoios, poderá ter de suspender a ajuda já no mês de Fevereiro.

Estima-se que mais de 735.000 pessoas estejam deslocadas internamente em Moçambique devido ao conflito em Cabo Delgado, incluindo 663.276 em Cabo Delgado, 68.951 em Nampula e 1.604 em Niassa.

Um grupo de cerca de 30 insurgentes entrou na manhã de quarta-feira na aldeia de Calugo, distrito de Mocímboa da Praia, aparentemente sem intenções agressivas.

Segundo a Zitamar news, os insurgentes chegaram a Calugo armados com armas de fogo, por volta das 5 horas e permaneceram até às 12 horas.

Na interacção, os terroristas disseram aos residentes para não terem medo, pois estavam ali apenas para comprar telemóveis e comida, mas alertaram-nos para não informarem as forças de segurança da sua presença.

Depois de comprarem os produtos, os insurgentes teriam orientado os residentes a limpar a aldeia.

Uma fonte afirmou à Zitamar news, que os insurgentes falavam Kimwani, uma língua local limitada à costa de Palma, Mocímboa da Praia, Macomia e Quissanga, sugerindo que eram da área.

Apesar das garantias dos insurgentes, muitos em Calugo fugiram para a vila de Mocímboa da Praia, 30 km a norte.

A Carta de Moçambique, refere num artigo da última sexta-feira, que os terroristas chegaram a oferecer dinheiro à população.

A Grécia doou 400 mil euros para a reconstrução de Cabo Delgado, num anúncio feito pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros Nikos Dendias, que escalou, recentemente, Maputo, onde manteve encontros com vários quadros do Governo.

Citado pelo jornal "O País", Nikos Dendias disse que o montante será usado para bolsas de formação para jovens, de modo que os mesmos tenham oportunidades de emprego.

Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Grécia destacou como prioridade imediata, a segurança marítima e o combate ao terrorismo em Cabo Delgado, tendo adiantado que a União Europeia servirá de pilar de estabilidade no Teatro Operacional Norte.

Militares da Grécia já estão em Moçambique, nas áreas de formação militar, incorporados na missão militar da União Europeia.

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