Nyusi reitera “momento decisivo” no combate ao terrorismo

Apesar de a realidade no terreno continuar a mostrar muitos desafios, Nyusi reitera “momento decisivo” no combate ao terrorismo
4 Fevereiro, 2022
Presidente Nyusi com homólogo Sul Africano Cyril Ramaphosa em Mueda no Dia dos Heróis, 3 de Fevereiro 2022

(Maputo) Depois de, na semana passada, o Comandante-Geral da Po- lícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, ter-se pronunciado em termos semelhantes, ontem, foi a vez do Chefe de Estado, Filipe Nyusi, também dizer que este era o “momento decisivo” no combate ao terrorismo, pelo que esforços continuarão a ser feitos para garantir que a vitória sobre os grupos atacantes seja declarada.

Falando a partir de Mueda, um dos berços da Luta Armada de Libertação Nacional, no âmbito das comemorações do 3 de Fevereiro, dia dos heróis mo- çambicanos, Filipe Nyusi apontou que a continuidade ao legado e história de uma pátria que molda heróis é demonstrado por muitos moçambicanos que, na frente de combate contra o terrorismo mostram a sua bravura e valentia. Chamou-lhes “heróis anónimos”. Referia-se ele a jovens que fazem parte das Forças de Defesa e Segurança (FDS) que, desde Outubro de 2017, combatem o terro- rismo em Cabo Delgado. A mensagem de encorajamento, agradecimento e reconhecimento foi extensiva às forças que compõem a Missão Militar da Co- munidade de Desenvolvimento da África Austral, assim como às Forças de Defesa do Ruanda que, ao lado dos moçambicanos, procuram garantir um combate eficaz e consequente ao terrorismo.

“Este ano celebramos essa efeméri- de num momento decisivo na luta contra o terrorismo, que ocorre nos distritos do norte desta província de Cabo Delgado. Nesta luta continuamos a ter heróis anónimos. Os melhores filhos desta pátria que, dia e noite, junto de outros jovens dos países irmãos da SADC e Ruanda, entregam as suas vidas para assegurar a integridade do nosso país e o estabelecimento da paz e tranquilidade" – apontou Filipe Nyusi, numa cerimónia que serviu, igualmente, para atribuir insígnias de reconhecimento a 1.760 cidadãos nacionais.

De acordo com o Chefe de Estado, esta é uma forma de reconhecer o contributo desses moçambicanos pelos sacrifícios que demonstraram e que continuam a demonstrar em várias esferas de trabalho, com particular destaque para a reposição e manutenção da ordem, segurança e tranquilidade públicas.

Maior parte dos distinguidos são combatentes da luta de libertação nacional que, nos últimos tempos, têm estado na frente de combate, lado a lado, com as Forças de Defesa e Segurança. Com efeito, foram 1.744 combatentes da luta de libertação nacional distinguidos, nesta quinta-feira, 235 pertencem à chamada “força local”. Ou seja, o grupo de antigos combatentes que voltou a trajar fardamen- to militar para combater o terrorismo em alguns distritos de Cabo Delgado.

Cyril Ramaphosa

Presente na cerimónia que teve lugar na vila sede de Mueda, na qualidade de convidado de honra das celebrações do dia dos heróis moçambicanos, o Presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, também se curvou diante dos heróis de ontem e de hoje. Voltou a apontar que a presença da tropa do seu país em território moçambicano era indicativo de que a região da SADC está ciente de que não se pode viver em paz enquanto o vizinho é atacado.

Assim, assegurou ele, o terrorismo continuará a ser combatido por toda a região da SADC até à declaração de vitória efectiva, honrando, deste modo, os sacrifícios que os moçambicanos ontem também fizeram para a libertação da África do Sul do sistema opressivo e racial do apartheid.

“Estou aqui para confirmar que nós apreciamos bastante o apoio do povo moçambicano, que os sacrifícios foram manifestos ao longo de décadas e nós agradecemos o facto de ter estado ao nosso lado e apoiar-nos em todo momento. Agradecemos antes, agradecemos agora e sempre agradecemos por estes factos” – apontou o Presidente da África do Sul, que chegou pela manhã à cidade de Pemba e rumou para Mueda. (Sérgio Carimo)

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