Mocímboa da Praia sem condições para o recenseamento eleitoral

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6 Abril, 2023

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 6 de Abril de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Mocímboa da Praia sem condições para o recenseamento eleitoral

🔸 EUA publicam estratégia de estabilidade em Moçambique

🔸 População regressa às aldeias ao longo da estrada N380

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Não há condições de segurança para a realização do recenseamento eleitoral no distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado.

A conclusão citada pelo Centro de Integridade Pública consta de um relatório do STAE, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, sobre a situação em Cabo Delgado, face às eleições autárquicas de 2023.

O STAE propõe que o recenseamento seja apenas feito no perímetro municipal, onde as condições de segurança são aceitáveis, mas sublinha que os custos pelos serviços de transporte aéreo são insustentáveis, rondando os 140 milhões de meticais (2.2 milhões de dólares).

O Governo está com crise de liquidez, de tal forma que a CNE não está a funcionar plenamente por falta de fundos, realizando apenas reuniões. Na semana passada, alguns membros ameaçaram não ir à sessão por falta de combustível, refere o CIP.

O relatório do STAE constata que o distrito tem registado um retorno gradual da população, mas toda ela se concentra no território autárquico.


O Departamento de Estado dos Estados Unidos publicou na sexta-feira um resumo da sua nova Estratégia de 10 anos, para Prevenir Conflitos e Promover a Estabilidade em Moçambique, a ser implementada primeiro no norte e, com o tempo, em todo o país.

Moçambique foi escolhido juntamente com o Haiti, Líbia, Papua Nova Guiné e o litoral da África Ocidental para ser pioneiro na abordagem.

O resumo de Moçambique centra-se no incentivo à participação e governação política aberta, crescimento económico inclusivo e sustentável, sectores de segurança e justiça responsáveis e coesão social resiliente, para "promover a estabilidade duradoura" no país.

O resumo da estratégia para Moçambique diz que "alinha os esforços dos EUA" com o Plano de Recuperação e Reconstrução existente em Cabo Delgado e o Programa de Resiliência e Desenvolvimento Integrado para o Norte de Moçambique.

Entre outras coisas, os EUA também prometem “expandir a assistência aos líderes e comunidades locais engajados nos esforços de construção da paz” e também “aumentar o envolvimento do sector de defesa e segurança, capitalizando novas oportunidades de cooperação”.


Informações sugerindo a pretensão de instalação de posições das Forças de Defesa do Ruanda ao longo da Estrada Nacional Número 380, entre as aldeias do distrito de Muidumbe, na parte norte de Cabo Delgado, estão a incentivar o regresso da população para as zonas de origem.

Segundo o MediaFax, os ruandeses estão em processo de instalação de uma posição naquele área.

Saindo de Macomia, a população está a regressar às aldeias de Miangueleua, Xitaxi, assim como Chai e Litamanda, estas duas últimas no distrito de Macomia.

A sugestão que circula é que a população de Quiterajo, também em Macomia, devia igualmente regressar na base da promessa de protecção das forças ruandesas (RDF), bastante temidas pelos terroristas e confiadas pelas populações.

Além da promessa de maior segurança, o que faz com que a população receba de forma satisfatória a sugestão de regresso às origens, existe também a ideia de superar, através da prática da agricultura, as intermináveis dificuldades de viver na dependência de apoio alimentar, na vila de Macomia.


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