Terroristas matam três pessoas em Ancuabe
Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 20 de Outubro de 2022. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.
Para já os destaques:
🔸 Terroristas matam três pessoas em Ancuabe.
🔸 Munícipes criticam gestão da cidade de Pemba.
🔸 ADIN ainda não produziu resultados em Cabo Delgado.
Em mais um ataque, na manhã desta segunda-feira, dia 17, os terroristas mataram duas pessoas e raptaram outras duas, na aldeia Chiúte, posto Administrativo de Meza, distrito de Ancuabe.
Fontes citadas pelo jornal online "Carta de Moçambique" disseram que por volta das 7 horas, um grupo armado invadiu a aldeia Chiúte, e começou a convocar uma reunião, mas as pessoas acharam estranho, uma vez que o promotor do encontro não era um homem local.
Algumas pessoas fugiram, enquanto os terroristas roubavam em baracas locais e outros decapitavam as duas pessoas, das três capturadas, sendo que uma escapou com vida.
Segundo a "Carta", um outro ataque atribuído a terroristas naquele distrito e, reivindicado pelo estado Islâmico, refere-se à decapitação de uma pessoa na aldeia Nanoa, no último sábado.
Munícipes da cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, estão insatisfeitos com a gestão de Florete Simba, que dirige a edilidade desde 2019. O edil é acusado de incumprimento das várias promessas que fez durante a campanha eleitoral, deixando a cidade com problemas sérios de saneamento, escassez de água potável e com vias de acesso em condições precárias.
O jornal Evidências, que entrevistou cidadãos por ocasião do 64° (sexagésimo quarto) aniversário da cidade de Pemba, assinalado no dia 18, escreve que há um descontentamento generalizado entre os munícipes.
Estes classificam o edil de incompetente por não conseguir resolver os principais problemas que os apoquentam.
Entre os principais dilemas da cidade, constam a falta de manutenção das vias de acesso, a deficiente recolha de lixo, além da problemática de água potável que assola muitos bairros.
A falta de água , que dificulta o saneamento básico e a higiene pessoal, torna-se mais grave, uma vez que várias famílias são agora mais numerosas por acolherem deslocados.
A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), encarregada da reconstrução daquela região, está fazendo pouco progresso na implementação dos programas de desradicalização e reintegração, para combater seitas islâmicas extremistas que continuam a atacar em Cabo Delgado.
Esta é a opinião do jornalista moçambicano, Fernando Lima, na sua análise publicada esta segunda-feira na edição mensal, referente ao mês de Setembro, do projeto da ACLED, denominado Cabo Ligado.
As observações do Lima, aparecem numa altura em que o governo está determinado a demonstrar o regresso à normalidade, insistindo que milhares de deslocados regressem a Palma e Mocímboa da Praia, enquanto recebem formação e apoio financeiro para desenvolver pequenos negócios.
Na semana passada, falando à televisão privada STV, o PCA da ADIN, Armindo Ngunga, defendeu que era cedo para cobrar resultados à ADIN, pior ainda quando se registam novos ataques em Cabo Delgado.
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