Resumo da situação de Cabo Delgado: 13-26 de Novembro de 2023

Na última quinzena registaram-se três ataques confirmados, concentrados nos distritos de Muidumbe e Mocímboa da Praia. Os ataques tiveram lugar nas proximidades do lago Nguri, e na aldeia Mapate em Muidumbe, e na aldeia Nantadora em Mocímboa da Praia. Os insurgentes também realizaram incursões em Calugo onde saquearam produtos.
30 Novembro, 2023

Na última quinzena registaram-se três ataques confirmados, concentrados nos distritos de Muidumbe e Mocímboa da Praia. No dia 12 de Novembro, pelo menos dois pescadores de Chai foram mortos perto do Lago Nguri, em Muidumbe, embora algumas fontes locais afirmem que podem ter sido quatro, e que uma mulher também foi violada. Os insurgentes apareceram em Nguri com uniformes militares, segundo a Carta de Moçambique. Nguri fica a menos de 15 quilómetros da aldeia de Novo Cabo Delgado, que os insurgentes atacaram dois dias antes.

Os insurgentes voltaram a atacar a 16 de Novembro na aldeia de Mapate, em Muidumbe, aproximadamente 30 km a oeste de Nguri e a menos de sete km a norte do rio Messalo. Duas pessoas foram decapitadas e várias raparigas foram raptadas, informou uma fonte local. O Estado Islâmico (EI) afirmou através das redes sociais ter entrado em confronto com as forças locais e queimado mais de 30 casas, mas não mencionou ter matado ninguém. Na manhã seguinte, as Forças Locais lançaram um ataque matinal às posições insurgentes nas florestas junto ao rio Messalo, a sul da aldeia de Mapate, mas não conseguiram recuperar as raparigas raptadas, segundo uma fonte local. No distrito vizinho de Mueda, as Forças Locais na área introduziram um recolher obrigatório no dia 19 de Novembro, limitando os movimentos depois das 20h00.

No dia 22 de Novembro, os insurgentes atacaram a aldeia de Nantadora (também conhecida como Antadora) no oeste do distrito de Mocímboa da Praia, a poucos quilómetros a norte do Lago Nguri, queimando várias casas e saqueando bens, incluindo alimentos e bicicletas, mas não houve registo de vítimas mortais. O EI reivindicou a autoria do ataque nas redes sociais. As Forças de Segurança Ruandesas (RSF) responderam ao incidente, mas não está claro se os insurgentes ainda estavam no local quando chegaram.

Os insurgentes também apareceram em Calugo, no distrito de Mocímboa da Praia, a 15 de Novembro, e ameaçaram matar as pessoas se estas não fornecessem sementes de arroz. Depois de adquirirem as sementes, foram-se embora sem fazer mal a ninguém. As RSF tentaram persegui-los no dia seguinte, mas não teve sucesso, informou uma fonte local.

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