Acredita-se que boa parte do grupo, considerado numeroso, tenha partido de Mucojo, distrito de Macomia, em direcção a Quissanga. Pensa-se, igualmente, que em Quissanga o grupo esteja de passagem, aparentemente em direcção à Metuge, neste distrito com o objectivo de tentar libertar os seus colegas presos na cadeia de Mieze.

A visita a Quissanga aconteceu terça-feira, cerca das 18 horas, tendo o grupo se reunido com a população da aldeia Mussomero. Os relatos indicam que o grupo não fez mal a ninguém. Conversou, comeu alguma coisa, descansou e, por fim, retomou a viagem, aparentemente em direcção ao sul. De acordo com o administrador distrital, apesar do medo, a população voltou, nesta quarta-feira, a exercer as suas actividades normais. Entretanto, algumas pessoas fugiram das aldeias visitadas e também das aldeias próximas.

“Não chegaram à sede do distrito. Apenas nos povoados que acabamos de mencionar e prosseguiram até ao rio Montepuez e, de lá em diante não tivemos o itinerário que tomaram. Mas de lá para cá, interagimos com as populações por onde passaram e a vida voltou à normalidade. Estão a desenvolver as suas actividades” – explicou o administrador, acrescentando que o grupo “escalou a aldeia Mussomero por volta das 18 horas, dista sensivelmente seis quilómetros da sede distrital, e prontos depois rumaram para Mahate, Mahate em direcção a sul”.

A chegada do grupo quase à sede distrital de Quissanga voltou a fazer soar os alarmes sobre as novas incursões terroristas em Cabo Delgado que, nas regiões norte e centro, estão, de novo, a provocar êxodo das aldeias para as sedes distritais, a exemplo de Macomia e Mocímboa da Praia.