Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 24 de Novembro de 2022. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Emboscada terrorista mata membro sénior da PRM de Palma.

🔸 Mais de 2 mil pessoas fugiram dos ataques em Muidumbe

🔸 Vinte pescadores desaparecidos em Mocímboa da Praia.

O chefe das operações da polícia de Palma foi morto numa emboscada na tarde de domingo quando atravessava a aldeia de Xitaxi, distrito de Muidumbe, província de Cabo Delgado.

Segundo a Zitamar, insurgentes conseguiram parar o carro e incendiá-lo. Na viatura lseguiam cinco pessoas, incluindo o chefe de polícia, a sua esposa, um sobrinho, o motorista e um funcionário moçambicano de uma ONG francesa Solidarités International.

A Zitamar adianta que fotos que circulam nas redes sociais mostram dois corpos carbonizados, que não podem ser identificados de forma independente, ao lado da carcaça queimada do carro. Os outros estão desaparecidos, ou presumivelmente mortos.

Ainda naquela tarde, duas pessoas viajando pela mesma extensão da rodovia N380, perto de Xitaxi, viram um carro parado na beira da estrada, e foram baleadas por homens que o motorista acredita serem insurgentes.

O motorista e o passageiro conseguiram escapar com segurança, mas o carro foi perfurado por balas, que são visíveis nas fotos vistas por Zitamar do veículo após o ataque.

A N380 é a principal estrada que liga Macomia aos distritos do norte da província de Cabo Delgado.

Os novos ataques ocorridos desde quarta-feira em Cabo Delgado, norte de Moçambique, colocaram em fuga 2000 residentes de comunidades do distrito de Muidumbe, anunciou a Organização Internacional das Migrações (OIM).

Segundo a agência Lusa, citando a OIM, o medo e ataques confirmados de grupos armados no distrito de Muidumbe (Muambula) desde 16 de novembro desencadearam a movimentação de 2024 pessoas para o distrito de Mueda.

O documento da OIM que resume dados de apenas dois dias, sublinha que 43% dos deslocados são crianças e 848 pessoas têm vulnerabilidades.

A maioria (76%) fugiu pela primeira vez, mas um quarto dos deslocados já escapou à violência armada por três vezes.

Vinte pescadores, que estavam a pescar na região de Calugo, localidade de Marere em Mocímboa da Praia, são dados como desaparecidos, depois de terem sido encontrados por um grupo de homens armados, que se acredita serem terroristas.

Segundo o jornal "Integrity", homens armados e encapuçados, que se faziam transportar numa embarcação a motor, começaram a disparar sobre os pescadores, tendo provocado a sua fuga em debandada.

Explica o "Integrity" que do grupo de 30 pescadores, apenas dez conseguiram chegar a salvo à vila de Mocímboa da Praia.

Refira-se que os pescadores da vila de Mocímboa da Praia, foram autorizados a pescar pelo chefe do estado Filipe Nyusi.

Ainda em Cabo Delgado, no distrito de Meluco, foi reportado o rapto de quatro pessoas, das quais duas mulheres grávidas, uma criança de cinco anos e um homem.

Segundo testemunhas contactadas pela agência Lusa, o sequestro ocorreu na tarde de sexta-feira, quando homens encapuçados com lenços pretos raptaram estas pessoas que se encontram nas suas machambas.

Um dos residentes disse à Lusa ter ouvido os raptores a falar em kimwani, a língua local, afirmando que iriam continuar a atacar a zona porque nas machambas havia muita comida.

A vila de Mocímboa da Praia, norte de Cabo Delgado, severamente atacada por terroristas, vai acolher o recenseamento eleitoral e consequentemente as eleições autárquicas de Outubro 2023.

De acordo com a "Carta" a garantia foi dada, pelo Vogal da Comissão Nacional Eleições, José Sabe.

Ele acrescentou que as estruturas de gestão do processo eleitoral estão a ser capacitadas e que uma boa percentagem de deslocados já está a regressar à vila de Mocímboa da Praia.

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