Jovens deslocados em Pemba vivem com medo das FDS

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18 Agosto, 2022

Bem-vindo à Voz de Cabo Delgado, o espaço para melhor se informar sobre a província. Para esta quinta-feira, 18 de Agosto de 2022, temos os seguintes destaques:

🔸 Mais de 200 mil deslocados regressaram às terras de origem em Cabo Delgado, diz Presidente da República

🔸 Custo de vida afecta residentes de Nangade e sufoca deslocados.

🔸 Jovens deslocados em Pemba vivem com medo das FDS.


Mais de 200 mil deslocados internos já regressaram às suas zonas de origem, outrora atacadas pelos terroristas, na província nortenha de Cabo Delgado.

O anúncio foi feito pelo chefe do Estado, Filipe Nyusi, na reunião de segunda-feira com governantes de Cabo Delgado, em Pemba. Nyusi disse que os deslocados dos distritos de Palma, Muidumbe, Quissanga, Nangade, Macomia, Mocímboa da Praia já regressaram, conjuntamente com os enfermeiros, os professores e funcionários de outras áreas da administração local.

Entretanto, de acordo com Filipe Nyusi, citado pela imprensa local, o próximo passo é convencer os procuradores e as instituições bancárias para nos próximos dias reabrirem as suas actividades nos distritos onde a população está a regressar em massa.


No distrito de Nangade, o custo de vida está a sufocar os residentes locais, principalmente as famílias deslocadas que, há quatro meses, não recebem nem o apoio do Governo nem o das organizações humanitárias.

Segundo Teodósio Jamba, um residente local, falando ao Integrity Magazine News, os produtos básicos estão cada vez mais caros. Disse que o feijão manteiga está a 100 meticais contra 80 do preço anterior. O açúcar castanho também disparou de 80 meticais para 90 a 100 meticais. O arroz não ficou atrás, variando de 60 a 70 meticais 1 kg, estando o óleo alimentar entre 180 a 190 meticais cada litro.

A fonte acrescentou que a situação é mais dolorosa para as famílias deslocadas, uma vez que, muitas delas, não têm fontes de sobrevivência, pois algumas não podem ir às suas aldeias buscar comida com receio de serem atacadas.


Jovens deslocados que vivem na cidade de Pemba, dizem estar com medo devido à perseguição, por elementos das Forças de Defesa e Segurança moçambicanas, que alegam que eles ainda têm contacto com os seus amigos e conhecidos filiados aos grupos terroristas que atacam em Cabo Delgado.

Segundo a "Carta", os jovens vítimas de perseguição são aqueles que praticam alguma actividadelucrativa.

Na zona conhecida por "Quatro caminhos", no bairro Chuiba, jovens disseram ao jornal que é arriscado desenvolver uma actividade que renda dinheiro, dando como exemplo um dos seus colegas, taxista de mota, que foi maltratado por militares.

Relatam que há outros casos de jovens raptados e que até hoje ainda não regressaram ao convívio familiar.


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