Terroristas libertam reféns face a bolsas de fome nas suas bases

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24 Março, 2022

Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta quinta-feira, 24 de Março de 2022, temos os seguintes destaques:

🔸 Terroristas libertam reféns face a bolsas de fome nas suas bases.

🔸 Nangade cada vez mais deserta devido a insegurança.

🔸 PMA necessita de 17 milhões de dólares por mês para crise humanitária no norte do país.


Os insurgentes em Cabo Delgado aparentemente estão permitindo que um grande número de reféns deixe suas bases nos distritos de Macomia, Muidumbe e Mocímboa da Praia, à medida que a escassez de alimentos aumenta.

Segundo reporta o Zitamar News, de fontes da vila de Macomia, estima-se que nos últimos dias tenham chegado entre 50 e 80 mulheres, crianças e idosos, tendo emergido na estrada que vai de Macomia a Awasse em Mocímboa da Praia, nomeadamente à volta das aldeias de Chai e Muagamula.

A mídia ruandesa disse na quarta-feira que 120 mulheres, homens e crianças chegaram a uma base militar conjunta moçambicana-ruandesa esta semana, tendo escapado de bases insurgentes, acrescenta o Zitamar News.

De acordo com Zitamar News, as mulheres e crianças, agora sob custódia das autoridades, são descritas como sendo magras e apresentando sinais de anemia e desnutrição.

O jornal ruandês The New Times, twittou na quarta-feira que 120 fugitivos – 40 crianças, 30 homens e 50 mulheres – chegaram à base conjunta em Mocímboa da Praia. O relato acrescenta que 23 do grupo foram considerados terroristas.


Depois de Mocímboa da Praia, a vila de Nangade pode tornar-se a segunda sede distrital “fantasma” na província de Cabo Delgado, devido aos ataques terroristas.

A vila distrital de Mueda e os Centros de Acolhimento dos Deslocados das aldeias Mualela, Ntoli e Ntamba, no Posto Administrativo de Ntamba, no distrito de Nangade, são apontados como os novos destinos dos deslocados, alegadamente por apresentar mais condições de segurança que a vila de Nangade.

Segundo fontes do jornal, as Forças de Defesa e Segurança até tentaram impedir a saída da população daquela vila, porém, esta mostrou-se determinada a seguir o seu próprio rumo.

As fontes revelam que, nas suas incursões pelas aldeias que se localizam a pouco mais de 10 Km da vila, os terroristas têm deixado mensagens, segundo as quais, a qualquer momento poderão atacar a sede distrital de Nangade, pelo que têm recomendado as populações a se retirarem daquele ponto do país.


O Programa Mundial para a Alimentação precisa de 17 milhões de dólares por mês para continuar a prover comida aos deslocados de guerra e das calamidades naturais no Norte de Moçambique.

Em entrevista exclusiva ao jornal o País, o director-adjunto do PMA em Moçambique, Pierre Lucas, falou do aumento, três vezes mais, do número de pessoas necessitadas no Norte do país, desde Janeiro deste ano.

Por vezes, faltam recursos para garantir a assistência alimentar, tal como aconteceu no ano passado em que aquela instituição das Nações Unidas se viu forçada a instituir reduções da cesta básica.


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