Insurgentes lançam nova incursão ao distrito de Namuno

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3 Novembro, 2022

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 03 de Novembro de 2022. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Detido em Balama jornalista e activista Arlindo Chissale, do Pinnacle News

🔸 Insurgentes lançam nova incursão ao distrito de Namuno

🔸 Mais de trinta e cinco mil pessoas já regressaram voluntariamente a várias aldeias de Mocímboa da Praia


"O Jornalista do portal online “Pinnacle News”, Arlindo Chissale, encontra-se desde a última terça-feira, dia 25 de Outubro, detido e incomunicável, num acto alegadamente protagonizado pelas autoridades governamentais do distrito de Balama, em Cabo Delgado, Norte de Moçambique.

Fontes próximas do jornalista relatam que o facto ocorreu quando este captava imagens de instituições públicas daquele distrito, o que as autoridades interpretaram como sendo um ‘’acto com fins obscuros’’.

Familiares do jornalista, baseados em Pemba, não conseguem contactar o jornalista desde a última terça-feira.

O Administrador daquele distrito, Edson Lino, confirmou a detenção de Arlindo Chissale, mas garantiu aos seus familiares, que este seria libertado.

Não são ainda conhecidas as reais causas da sua detenção, mas uma fonte, baseada em Balama, assegurou à “Integrity Magazine” que um indivíduo foi detido na sexta-feira, para investigação, alegadamente porque estava a tirar fotos às instituições públicas.

Segundo o MISA, a captação de imagens de instituições públicas, por jornalistas é um procedimento típico da profissão e insere-se no processo de recolha de informação para posterior processamento e publicação.

O MISA Moçambique exige a libertação imediata do Jornalista e relembra que é de lei e constitucionalmente consagrado o livre acesso às fontes e aos locais públicos no exercício da actividade jornalística."


Insurgentes armados e disfarçados de soldados moçambicanos, lançaram uma incursão sem precedentes no distrito de Namuno, no sul de Cabo Delgado, na manhã de sábado, matando duas pessoas na aldeia de Marrumeia e forçando quase 1000 a fugir das suas casas.

Os insurgentes chegaram à aldeia numa viatura Mahindra, normalmente conduzida por forças de segurança, vestindo os uniformes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e tentaram organizar uma reunião com a comunidade local, disse uma fonte local à Zitamar.

Os líderes da aldeia teriam contactado o administrador distrital e foram informados de que estes homens provavelmente não eram soldados governamentais e os residentes deveriam tentar escapar.

Enquanto os aldeões tentavam fugir da aldeia, os insurgentes começaram a disparar, havendo notícias de que várias pessoas foram mortas e várias outras ficaram feridas.

Uma mensagem não verificada circulando nas redes sociais, afirmava que o líder da aldeia e sua esposa foram decapitados.

Uma foto, supostamente mostrando um dos feridos no ataque com uma perna ensanguentada, foi compartilhada online.

A emissora Voz da América informou que o grupo eram composto de pelo menos 35 agressores, alguns armados com armas, mas principalmente com facões e baionetas.

Nas últimas duas semanas, os insurgentes avançaram para sul a partir de Ancuabe, onde atacaram a mina de rubis Gemrock a 20 de outubro, atravessando Chiúre até ao Rio Lúrio.

Este grupo parece ter-se dividido, com alguns deslocando-se para oeste, para Namuno, enquanto outros permaneceram em Chiúre, onde atacaram a aldeia de Nihamate a 29 de Outubro, onde incendiaram várias casas.


Mais de trinta e cinco mil pessoas que haviam abandonado o distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, na sequência de ataques terroristas, já regressaram voluntariamente às suas comunidades.

O administrador do distrito de Mocímboa da Praia disse a RM, que o retorno das famílias está a ser estimulado pela melhoria das condições de segurança.

Sérgio Cipriano indicou que grande parte das aldeias, anteriormente abandonadas, já começam a ficar povoadas com o regresso dos deslocados.

Apontou o caso de regresso da população do posto administrativo de Mbau e de outras comunidades de mais de oito postos administrativos, das regiões centro e norte do distrito de Mocímboa da Praia.


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