Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 04 de Abril de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Botswana anuncia novo contigente militar para Cabo Delgado.

🔸 Vinte terroristas capturados em Mocímboa da Praia pelos militares ruandeses

🔸 Apreendidos 80 quilos de droga em diversos pontos de Cabo Delgado

O Botswana acaba de anunciar o envio de um novo batalhão composto por 362 soldados, de diversas especialidades, para a missão de manutenção de paz em Cabo Delgado, norte do país, no âmbito da Missão Militar dos países da SADC em Moçambique (SAMIM).

Segundo o jornal Evidências, a informação foi avançada pelo ministro da Defesa e Segurança daquele país, Kagiso Mmusi, adiantando que um total de 1.338 militares das Forças de Defesa do Botswana serviram em Moçambique desde o início da sua participação no SAMIM, em 2021.

Prestando contas ao parlamento do seu país, o ministro disse que o quarto contingente de 362 soldados foi recentemente enviado para a província de Cabo Delgado, para a missão de manutenção da paz.

Na ocasião lamentou a morte de seis soldados tsuanas, que perderam a vida em diferentes circunstâncias, em Cabo Delgado.

Pelo menos 20 terroristas foram capturados na última segunda-feira (27), pela Força do Ruanda, em mais uma operação de perseguição daquele grupo, na região sul do distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado.

Presume-se que os vinte terroristas faziam parte do grupo que recentemente entrou nas aldeias Ulo e Lucheti, sem, no entanto, praticar actos de violência.

Fontes disseram à "Carta" que os terroristas capturados foram depois conduzidos Comando Distrital da PRM, na vila municipal, onde foram vistos pelo público.

Dos 20 terroristas, todos nacionais e naturais do distrito de Mocímboa da Praia, 15 foram identificados como residentes nos bairros da vila e os restantes cinco, de aldeias fora daquele município.

Posteriormente, o grupo foi transferido para o distrito de Mueda, o Centro do Teatro Operacional Norte, onde são feitas investigações de todos os acusados ou suspeitos de envolvimento em acções terroristas.

Oitenta quilos de droga diversa foram apreendidos pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), durante uma operação desencadeada na madrugada da última quinta-feira (30 de Março), em Cabo Delgado.

Uma nota do SERNIC em Cabo Delgado refere que se trata de 42 quilogramas de cocaína, quatro de heroína e 34 de anfetamina, totalizando 80 quilos.

Segundo escreve a ‘’Carta’’, a droga era transportada numa viatura Ford Ranger, com matrícula AFZ - 186-MP, conduzida por um nacional de 38 anos, identificado por Abdala Muarabo, no troço Mecufe-sede, para o posto administrativo de Murebue.

O SERNIC diz que o cidadão em causa foi detido e que a investigação ainda prossegue para neutralizar outros indivíduos da rede. A droga apreendida está sob custódia do SISE, Serviço de Informação e Segurança do Estado.

Um activista social baseado na cidade de Pemba, que negou ser identificado, disse à "Carta" que a apreensão dos 80 quilogramas de droga vem despoletar o esquema que vem acontecendo durante longos anos, e que só reduziu um pouco, devido às frequentes patrulhas no mar, devido aos ataques terroristas.

A fonte descreveu que o tráfico de drogas em Cabo Delgado se estende desde a costa dos distritos de Palma, Mocímboa da Praia, Macomia, Quissanga, Ibo e cidade de Pemba, até à província da Zambézia e, nalguns casos, com suposta conivência dos agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal.

Moçambique defende a partilha de responsabilidades, entre as Nações Unidas e as organizações regionais, no combate ao terrorismo, em todo o mundo.

Esta posição foi apresentada pelo Presidente da República durante o debate que presidiu, na última semana no Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre o ‘’Combate ao Terrorismo e Prevenção do Extremismo Violento através da Cooperação entre as Nações e os Organismos e Mecanismos Regionais’’.

Citado pela RM, Filipe Nyusi recordou que a abordagem de Moçambique está plasmada nos principais instrumentos internacionais sobre a prevenção e combate ao terrorismo e ao extremismo violento.

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