Distritos do sul de Cabo Delgado registam regresso massivo de deslocados
Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 20 de Dezembro de 2022. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.
Para já os destaques:
🔸 Empresa ruandesa ganha contracto de 800 mil dólares para obras em Palma
🔸 Cerca de 100 pescadores já foram pescar em Mucojo
🔸 Distritos do sul de Cabo Delgado registam regresso massivo de deslocados
Uma empresa ruandesa ganhou um contrato de construção de 800.000 dólares em Palma, Cabo Delgado. O contracto prevê o treinamento no local de trabalho de aprendizes moçambicanos e melhorias na vila de reassentamento para pessoas afectadas de gás natural liquefeito.
Segundo a Zitamar News, a construtora ruandesa Radar Scape assinou a 10 de Dezembro um acordo com o IFPELAC, Instituto Moçambicano de Formação Profissional, em Afungi, onde irão trabalhar em conjunto na reabilitar 76 casas na aldeia de Quitunda.
A agência governamental IFPELAC marca presença em Palma no acompanhamento dos cursos básicos direcionados a jovens locais. A Radar Scape faz a sua primeira incursão no mercado moçambicano, numa zona onde desde 2021 está presente um contingente de 2.500 militares e polícias ruandeses, explica a Zitamar.
As casas a serem reabilitadas foram gravemente vandalizadas após o ataque insurgente a Palma a 24 de Março de 2021. Quitunda é uma nova aldeia urbana construída de raíz para albergar os reassentados da área concessionada às empresas de petróleo e gás, que vão explorar as Áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma, na orla marítima adjacente à Península de Afungi.
O primeiro grupo de cerca de 100 pescadores seleccionados e autorizados a pescar no posto administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, regressou à vila sede, sem queixas de insegurança.
O MediaFax refere que o grupo estava devidamente controlado pelas forças de defesa e segurança durante quase três semanas a trabalhar nas águas que banham o posto administrativo de Mucojo.
O grupo de pescadores que regressou, relatou muita disponibilidade de pescado, comprovada igualmente pelas quantidades transportadas para a vila de Macomia.
De acordo com o MediaFax, uma vez que o primeiro grupo retornou, outros pescadores serão igualmente seleccionados para a segunda actividade de pesca, também devidamente observada pelas Forças de Defesa e Segurança.
Os distritos de Namuno, Balama e Ancuabe, registam o regresso de famílias deslocadas pela onda de violência terrorista que em Setembro e Outubro assolou aquelas regiões do sul de Cabo Delgado.
O jornal Horizonte, editado na cidade de Pemba, constatou na sua escala à vila de Chiúre que muitas pessoas regressaram às zonas de origem graças às acções do grupo Naparama que alegadamente trouxe tranquilidade à região.
Entretanto, o jornal Horizonte, refere que os Namparamas estão a perpetrar actos ilegais, como extorsão de valores monetários às pessoas interessadas em se filiarem no grupo.
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