Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 04 de Junho de 2024. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Funcionários de Muidumbe pressionados a voltar ao trabalho

🔸 Quissanga e Ibo sem energia há dois meses

🔸 FAO entrega insumos agrícolas a cerca de 300 famílias camponesas

As autoridades administrativas de Muidumbe estão a pressionar os Funcionários e Agentes do Estado para o regresso definitivo à região, ao mesmo tempo que ameaçam instaurar processos disciplinares contra aqueles que ainda não retornaram aos seus postos de trabalho.

O apelo foi expresso numa nota emitida pelo Administrador distrital, José Casimiro, no passado dia 29 de Maio, dando um prazo de cinco dias, ou seja, até esta segunda-feira para que os visados regressem ao distrito.

Na referida nota, o administrador ameaça tomar medidas administrativas contra os Funcionários e Agentes do Estado que não atenderem ao chamamento no prazo estabelecido.

Reagindo à medida, funcionários que falaram em anonimato à "Carta de Moçambique" disseram que o administrador está a forçar o regresso a Muidumbe ignorando a situação de insegurança prevalecente, sobretudo depois da presença de terroristas em Mbau, distrito de Mocímboa da Praia, na semana passada.

As sedes distritais de Quissanga e Ibo, zona costeira e insular da província de Cabo Delgado, estão sem energia eléctrica da rede nacional há cerca de dois meses, de acordo com o director da área Operacional da EDM, Hermínio Àssamo.

De acordo com o jornal Notícias, a EDM está coordenando com as Forças de Defesa e Segurança para um trabalho conjunto visando o restabelecimento de energia.

Àssamo enfatizou que a EDM não está em condições de fazer o trabalho sozinha, que inclui corte de árvores da floresta que devem ter danificado os cabos que transportam a corrente eléctrica.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apoiou cerca de 300 famílias com kits de insumos agrícolas para a produção do segundo ciclo das comunidades de Muarya e 3 de Fevereiro, no distrito de Mecúfi, província de Cabo Delgado.

Os kits são constituídos por foice, um regador, 5kg de feijão e sementes de hortícolas vão ser alocados aos produtores que referiram que o gesto vai melhorar a situação de segurança alimentar e gerar renda.

Citado pela Rádio Moçambique, representante da FAO em Moçambique, José Luís Fernández, garante que a instituição vai continuar a mobilizar mais apoios em prol do bem-estar das famílias assoladas pelo terrorismo e desastres naturais.

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