Tropas ruandesas vistas a actuar em Macomia, área da missão da SADC
Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta terça-feira, 21 de Abril de 2022, temos os seguintes destaques:
🔸 Tropas ruandesas vistas a actuar em Macomia, área da missão da SADC.
🔸 Situação de segurança está cada vez mais melhor, defende ministro da defesa nacional.
🔸 CDD apela para diálogo com exploradores ilegais de rubis em Montepuez.
Nas últimas duas semanas, tropas ruandesas acamparam na vila de Macomia e realizaram patrulhas diárias nas florestas circundantes, segundo uma fonte local do Zitamar News, apesar de Macomia estar fora da área habitual de operações daquela força.
Segue o Zitamar, e o destacamento dos ruandeses à Macomia marca mais uma mudança na divisão cada vez mais fluida de responsabilidades entre as forças internacionais em Cabo Delgado.
Segundo apurou aquele órgão, as forças ruandesas chegaram à Macomia no dia 4 de Abril e imediatamente começaram a patrulhar as matas em torno de Chai, Quiterajo e Mucojo quase todos os dias. Eles impuseram um toque de recolher noturno aos moradores de Macomia, muitos dos quais estão lutando para vender seus produtos sazonais devido à falta de clientes que passam pela vila.
Refira-se que Macomia tornou-se recentemente um foco de actividade insurgente. Vários confrontos ocorreram no distrito entre insurgentes e forças de segurança em março e fevereiro, incluindo um incidente que viu a decapitação de um policial.
O ministro da Defesa de Moçambique, Cristóvão Chume, retratou que a situação em Cabo Delgado está "muito mais estável", referindo que a "maior preocupação" é agora o regresso da população às zonas de origem.
Segundo a Lusa, Chume assegurou que de um modo geral, a situação está muito mais estável que no mês passado ou outros períodos anteriores do conflito.
Nos últimos dias, o epicentro das operações está em Palma e Mocímboa da Praia para Macomia e Nangade, refere o ministro onde diz que decorrem operações de "limpeza", numa alusão à triagem da população.
O Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD) alerta para o risco de radicalização devido à repressão violenta de jovens garimpeiros ilegais no norte de Moçambique, onde já existe uma insurgência armada.
Segundo a DW, que cita um comunicado daquela organização, maior parte das pessoas envolvidas em mineração ilegal de rubis é da camada juvenil, sem formação profissional e privados de oportunidades económicas.
A persistência da mineração ilegal na área concessionada à Montepuez Ruby Mining (MRM), mas que também acolhe deslocados de guerra por ser local de recrutamento.
Por outro lado, a precariedade do garimpo ilegal faz com que haja notícias frequentes de mortes nas zonas de escavação.
Segundo a CDD, a continuidade do garimpo ilegal, mostra que o problema não será resolvido apenas com operações policiais ou processos judiciais, mas também por iniciativas concretas de diálogo franco e aberto envolvendo a MRM, as autoridades locais e as comunidades que vivem nas proximidades da concessão mineira.
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