Três mortos em ataque à sede do distrito de Nangade

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28 Julho, 2022

Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta quinta-feira, 28 de Julho de 2022, temos os seguintes destaques:

🔶 Três mortos em ataque à sede do distrito de Nangade.

🔶 Alguns deslocados de Metuge sem terra para agricultura.

🔶 Conflito em Cabo Delgado pode comprometer calendário eleitoral.


Insurgentes lançaram um ataque sem precedentes na vila de Nangade na manhã de terça-feira, matando três pessoas, depois de queimar dezenas de casas.

Segundo o Zitamar News, o ataque começou por volta das 9h, quando os insurgentes entraram no recém-formado bairro de Chitunda, em Nangade, que nunca foi atacado por insurgentes, e incendiaram entre 20 e 30 casas.

O Estado Islâmico reivindicou o ataque nas redes sociais no dia seguinte, alegando ter decapitado três pessoas e queimado mais de 20 casas.

Muitos fugiram de Nangade na sequência do ataque. Uma fonte disse a Zitamar que os militares tentaram impedir que civis fossem para o mato, pois seria difícil distinguir entre eles e os insurgentes.


Famílias deslocadas em consequência do terrorismo e acomodadas no centro de Namináue no distrito de Metuge, em Cabo delgado, acusam a população nativa de cobrar valores monetários para a disponibilização de terras para a prática da agricultura.

Segundo a Rádio Moçambique, são mais de mil famílias provenientes dos distritos das zonas centro e norte da província que, de entre vários apoios, clamam pela disponibilização de terras e insumos agrícolas.

Falando à RM, algumas famílias deslocadas confirmaram que há casos de cidadaos que foram expulsos pelos alegados proprietários de alguma áreas onde já haviam iniciado com a actividade produtiva.

O administrador do distrito de Metuge, António Nandanga, afirma ter conhecimento do assunto, e diz que o governo está a trabalhar com vista a responder o desafio.


O Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral alerta para o risco de o conflito armado em Cabo Delgado e a falta de orçamento comprometerem o calendário do próximo ciclo eleitoral em Moçambique, que começa em 2023, com eleições autárquicas e termina em 2024, com as legislativas e presidenciais.

O chefe da missão do IDEA em Moçambique, Miguel de Brito, foi quem fez o alerta e disse que os órgãos eleitorais devem estar preparados para fazer face a esses riscos.

Entretanto, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dom Carlos Matsinhe, diz que a questão financeira é um dos riscos, mas há expectativa, que se vai conseguir.

Por outro lado, Matshinhe diz que a CNE esta atenta à violência armada em Cabo Delgado e está a criar condições para que as eleições decorram em todo o território moçambicano.


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