Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta terça-feira, 02 de Junho de 2022, temos os seguintes destaques:

🔶 Três mortos e dez feridos em mais ataques terroristas em Cabo Delgado.

🔶 Crianças deslocadas praticam sucataria na cidade de Pemba.

🔶 150 empresas afectadas pelo terrorismo recomeçaram as suas actividades.

Três mortos e dez feridos é o resultado dos ataques que tiveram lugar, sábado, em zonas próximas de uma região denominada Tete, ao longo da estrada ligando as vilas de Mocímboa da Praia e Palma, norte de Cabo Delgado.

Segundo o Médiafax, é mais um depois do ataque protagonizado naquela via, na segunda-feira da semana passada, 30 de Maio, onde os insurgentes tinham ferido duas pessoas. Há informações indicando que outras, em número desconhecido, foram raptadas pelos atacantes.

Os ataques da semana passada e o desta segunda-feira são os primeiros a registarem-se naquela estrada, depois que as Forças de Defesa do Ruanda tomaram controlo do eixo Mocímboa da Praia – Palma.

Centenas de crianças da cidade de Pemba, capital de Cabo Delgado, estão a crescer na rua e vendem latas e sucatas para a sua sobrevivência e das suas famílias.

Actualmente, segundo apurou o “O País”, muitas crianças estão envolvidas na venda de ferro velho para a sucataria, um negócio que está a ajudar a minimizar as dificuldades financeiras da maior parte da população que vive na capital da província.

Com apenas 14 anos de idade, Edvaldo Carlos vive com a avó. Conhece todos os bairros de Pemba e quase todas as ruas da cidade. Disse que o seu trabalho é apanhar latas, ferro, bronze, alumínio, latas de refresco, massa de tomate e sardinhas para vender, há quatro anos, sobrevive do negócio de sucata.

Algumas crianças, que estão no negócio do ferro velho, são sobreviventes dos ataques terroristas em Cabo Delgado, que abandonaram os centros de reassentamento localizados em alguns distritos.

Cerca 150 micro-empresas, afectadas pelas acções terroristas nas regiões norte e centro de Cabo delgado, já retomaram as suas actividades, referiu a Rádio Moçambique

Trata-se de micro-empresas que se beneficiaram de financiamento da linha de crédito bonificado, inserido no programa de relançamento do sector privado, cujo objectivo é dinamizar a economia rural nas zonas outrora afectadas pelo terrorismo.

Citado pela RM, Mahamud Irásh, Presidente do Conselho Empresarial Provincial, disse que embora de forma tímida, há retorno das micro-empresas às zonas de origem.

Refira-se que devido ao terrorismo, mais de quatro mil e novecentas empresas foram directamente afectadas em Cabo delgado.

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