Terroristas reivindicam destruição de viaturas militares das FADM

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 28 de Setembro de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.
Para já os destaques:
🔸 Terroristas reivindicam destruição de viaturas militares das FADM
🔸 União Europeia canaliza fundos para apoio humanitário
🔸 Mais de 800 mil pessoas continuam deslocadas
O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou ataques com explosivos a patrulhas militares na província de Cabo Delgado, separados por 140 quilómetros, revela a agência Lusa.
Através dos seus canais de propaganda, o grupo terrorista refere ter feito detonar, no domingo, um engenho explosivo que atingiu um blindando, em patrulha, do exército moçambicano, na estrada que liga as aldeias de Mbau e Limala, no distrito de Mocímboa da Praia, provocando mortos e feridos, entre os militares.
Segundo a Lusa, o grupo reivindicou igualmente um outro ataque ocorrido numa estrada do distrito de Macomia, também em Cabo Delgado, a 140 quilómetros de distância.
No domingo, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Moçambique disse que o exército moçambicano tem um maior controlo de Cabo Delgado, reiterando que prosseguem operações de perseguição aos rebeldes que aterrorizam aquela província do norte.
A União Europeia disponibilizou 8.6 milhões de euros para intensificar os esforços no combate à insegurança alimentar, nas zonas afectadas pelo terrorismo, no norte país, refere a Rádio Moçambique.
Em comunicado citado pela RM, o Programa Mundial para a Alimentação, PMA, refere que o montante vai permitir o fortalecimento da assistência em alimentos, para quatrocentas mil pessoas, com o foco nas mais vulneráveis.
De acordo com o organismo das Nações Unidas, nos últimos seis anos, o conflito no norte de Moçambique resultou em perdas profundas de vidas e meios de subsistência, sendo que actualmente cerca oitocentas mil pessoas deslocadas continuam a necessitar de assistência humanitária.
Pouco mais de 850 mil pessoas continuam deslocadas internamente em Moçambique, principalmente em resultado do conflitos violentos no norte, mas também de catástrofes naturais, de acordo com uma nova avaliação da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com o Cabo Ligado, as estatísticas de retorno continuam a ser significativas, com mais de 540.000 retornados registados na província de Cabo Delgado, na avaliação.
Estes estão concentrados nos distritos de Mocímboa da Praia e Palma, que representam 54% de todos os regressados.
O ativista social, Gafuro Manana, alerta que os novos ataques em Cabo Delgado, podem ser uma tentativa de colocar a região num "estado de sítio ou de alerta" e de desestabilizar o período eleitoral.
Depois de uma relativa acalmia, a província de Cabo Delgado voltou a ser palco de ataques de grupos extremistas. Mas o Governo entende que estes são protagonizados por insurgentes que estão em fuga das tropas moçambicanas e seus aliados do Ruanda e da Missão Militar da África Austral (SAMIM).
À DW África, o ativista Gafuro Manana diz, no entanto, que estes ataques podem também significar uma demonstração de "musculatura" por parte dos terroristas.
Manana alerta que a morte do líder do terrorismo no país, Bonomade Machude, "pode ser o início de uma nova era dentro do grupo".
Por isso, apela às autoridades a não baixarem a guarda, principalmente numa altura em que se aproximam as eleições autárquicas.
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