Terroristas escalam aldeia de Ulo à procura de alimentos
Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 21 de Março de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.
Para já os destaques:
🔸 Terroristas escalam aldeia de Ulo à procura de alimentos (Carta)
🔸 Hospitais de Mocímboa da Praia e Muidumbe com necessidade urgente de reabilitação (Lusa)
🔸 Mais de 500 mil crianças deslocadas precisam de serviços de educação.
Um grupo de mais de 10 terroristas escalou, ao princípio da noite do último sábado, a aldeia de Ulo, posto administrativo de Mbau, distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, com objectivo de obter alimentação.
Fontes disseram à "Carta" que, logo que chegaram à aldeia, a população pôs-se em fuga, mas estes disseram que não tinham intenção de lhes fazer mal. Mesmo assim algumas pessoas fugiram e esconderam-se no mangal próximo da aldeia.
Os terroristas obrigaram a população a vender alguns alimentos e depois abandonaram a aldeia para os seus esconderijos, que se supõe ser perto do rio Messalo.
Segundo as mesmas fontes, a informação sobre a presença dos terroristas foi canalizada pelos aldeões, nessa mesma noite, às forças do Ruanda, estacionadas na região.
Os administradores dos distritos de Mocímboa da Praia e Muidumbe apelam à reabilitação dos hospitais locais para poder satisfazer as necessidades da população, após a sua destruição como resultado dos confrontos entre as forças governamentais e os insurgentes.
O hospital distrital de Muidumbe, em particular, está totalmente destruído e precisa de ser reconstruído do zero, disse o administrador local Saide Chabane à Lusa.
Ele explicou que os serviços de saúde são actualmente prestados através de brigadas móveis.
Mais de 500 mil crianças deslocadas em Cabo Delgado enfrentam necessidades de educação, revelou a representante da OIM (Organização Internacional para Migração), Elisa Martins.
Ela falava numa mesa redonda em Pemba, na quarta-feira passada, 15 de Março, cujo lema foram os "Desafios da Mobilidade e Retorno Seguro da População Deslocada em Cabo Delgado".
“Mais de 500 mil crianças necessitam de serviços de educação, particularmente deslocados, crianças em movimento e crianças portadoras de deficiência. Quase 800 mil crianças necessitam de assistência de proteção infantil em Moçambique”, afirmou a Representante da OIM.
A cerimónia teve lugar na cidade de Pemba e foi organizada pelo Instituto de Democracia Multipartidária (IMD).
O evento contou com a participação de várias entidades governamentais e não governamentais, dentre as quais se destacam a ADIN, sociedade civil e agências humanitárias.
O piloto americano Ryan Koher e os missionários sul-africanos W.J. du Plessis e Eric Dry, foram libertados de uma prisão moçambicana, na quinta-feira da semana passada, após terem sido detidos durante mais de quatro meses sob acusações de terrorismo. No entanto, os três ainda não podem deixar o país.
A Mission Aviation Fellowship, MAF, que empregou Koher como piloto, congratulou-se com a sua libertação, mas disse que não comentará mais "por respeito ao processo legal em Moçambique".
Os dois missionários sul-africanos estavam a tentar transportar de avião, pacotes de ajuda para orfanatos geridos pela igreja católica em Cabo Delgado, quando foram presos com o piloto americano, a 4 de Novembro do ano passado.
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