Só com escolta é que era possível entrar e sair na cidade de Pemba no último domingo

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14 Junho, 2022

Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta terça-feira, 14 de Junho de 2022, temos os seguintes destaques:

🔶 CDD critica incumprimento do plano de reconstrução de Cabo Delgado.

🔶 Mais de 100 deslocados regressaram às suas casas em Mocimboa da praia.

🔶 Só com escolta é que era possível entrar e sair na cidade de Pemba no último domingo.


A ONG Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD) considerou esta segunda-feira, que a reconstrução da província de Cabo Delgado, continua “adiada” sendo que apenas no distrito de Quissanga há alguns edifícios públicos reabilitados, como é o caso do comando distrital da PRM.

A vila de Mocímboa da Praia, a mais vandalizada pelos grupos armados, não teve obras dignas de registo, refere o CDD citado pela Lusa. Em Palma, apenas a sede da Frelimo, “brilha” no meio dos escombros que sobraram, depois do ataque de março de 2021.

Os três bancos que funcionavam na vila continuam encerrados, depois do saque de grandes quantias em dinheiro de que foram alvo.

Enquanto as principais infraestruturas públicas continuam destruídas, as autoridades locais têm estado a pressionar as famílias deslocadas, sobretudo aquelas que têm vínculo com o Estado, a regressarem às suas zonas de origem, observou o CDD.


Os primeiros 123 civis autorizados a regressar de Quitunda à Mocímboa da Praia depois de deslocados pela insurgência em curso chegaram à vila na quinta-feira, 9 de junho, apesar de algumas tensões sobre a sua segurança e a suspensão dos projetos comunitários da TotalEnergies.

Segundo o Zitamar, os civis foram escoltados por forças moçambicanas e ruandesas, sendo levados para o bairro de Nanduadua, em Mocímboa da Praia, onde foram formalmente recebidos pelo presidente do conselho municipal, Momba Cheia Carlos e outros líderes locais.

O grupo de pessoas levado para Nanduadua na semana passada era uma mistura de cristãos e muçulmanos, disseram fontes a Zitamar, apesar do bairro ser tradicionalmente muçulmano. Alguns dos retornados têm casas lá, enquanto outros serão acomodados em tendas.

Diz-se que o sentimento entre os deslocados sobre o retorno é misto. Uma fonte em Nampula, onde vivem muitos deslocados de Mocímboa da Praia, disse a Zitamar que grande parte das pessoas que vivem em acampamentos como o de Quitunda estão desesperadas para regressar a casa o mais rapidamente possível, mesmo sem autorização do governo.


Depois de no domingo, 5 de Junho, grupos terroristas terem atacado, ao fim do dia, a aldeia Nandul, em Ancuabe, e seguidamente penetrado por várias outras aldeias mais a sul do distrito, incluindo zonas que distam a escassos 45 quilómetros da cidade de Pemba, a situação de segurança em toda a província é descrita como sendo “extremamente preocupante”.

De acordo com o Médiafax não é para menos. Diante da situação, as Forças de Defesa e Segurança reforçaram, em operações conjuntas com elementos da SAMIM e do Ruanda, operações de patrulha em zonas que fazem o perímetro à entrada em Pemba.

Na tarde de domingo, dia 12, a entrada e saída de e para a cidade aconteceu com escoltas militares, uma realidade que há uma semana só era visível nos trajectos da região norte e centro de Cabo Delgado.

No início desta segunda-feira a situação melhorou consideravelmente e alguns carros circulavam sem necessidade de escoltas.


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