Depois da confirmação de ataques em várias aldeias do distrito de Namuno e sucessivos rumores de aproximação terrorista ao vizinho distrito de Balama, território bastante rico em recursos minerais, particularmente grafite, as empresas que trabalham neste sector activaram os alarmes e consequentemente iniciaram a tomada de medidas preventivas.

Ainda sem dados oficiais em relação às medidas tomadas para evitar danos maiores em resultado de prováveis e potenciais incursões terroristas no distrito, há indicações de que uma das principais empresas mineiras a operar naquele distrito decidiu “evacuar” parte dos seus trabalhadores para garantir maior e melhor monitoria e seguimento da real situação em relação aos rumores de aproximação terrorista.

Em Montepuez, recorde-se, uma das principais empresas que explora rubis naquele distrito foi obrigada a evacuar os seus trabalhadores no sentido de assegurar melhor capacidade de monitoria do que efectivamente estava a acontecer e poderia acontecer, depois do ataque ao acampamento da mineradora Gemrock. Depois de diligências e análise da situação de segurança, os trabalhadores foram autorizados a regressar ao trabalho dias depois.

Enquanto isso, na sede distrital de Balama, o ambiente continua a ser de chegada de pessoas que saem das suas aldeias, em virtude de se ouvir indicações da circulação de terroristas por perto. A situação ter-se-á agravado no sábado quando circularam informações de um ataque a Muripa, aldeia localizada a cerca de 12 quilómetros da vila sede de Balama.

A confirmar-se, Balama será o 14º dos 17 distritos de Cabo Delgado a ser atingido por ataques de grupos terroristas que operam em Cabo Delgado, desde Outubro de 2017. Ou seja, só faltará Montepuez, Mecufe e a cidade de Pemba.

Uma producao de Mediafax