Presidente Nyusi diz que Nampula é centro de recrutamento de terroristas

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13 Dezembro, 2022

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 13 de Dezembro de 2022. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Presidente Nyusi diz que Nampula é centro de recrutamento de terroristas

🔸 Cinco 5 namparamas decapitados por terroristas em Montepuez

🔸 Entidade ligada à Conferência dos Bispos Católicos da África Austral nega que tranquilidade tenha regressado a Cabo Delgado


O Chefe do Estado Filipe Nhusi, admitiu na sexta-feira, quando falava no distrito de Liupo, que na província de Nampula estão a ocorrer bastantes recrutamentos para as fileiras terroristas na província de Cabo Delgado.

Face a esta realidade, o presidente da República, citado pelo jornal "O País", alertou q para as promessas falsas de emprego para ganharem dinheiro.

Entrentanto, o chefe do Estado pediu para que sejam denunciados os recrutadores e levados a tribunal.


Pelo menos cinco jovens que integravam o emergente grupo da milícia local designado “namparama” foram decapitados por terroristas ao longo do fim de semana, nas densas matas de Nairoto, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado.

Segundo o MediaFax é a repetição do cenário que se assistiu a 23 de Novembro, portanto, há sensivelmente três semanas, naquelas matas, quando cinco napharamas foram também decapitados, depois de intensa confrontação com terroristas.

No caso deste fim-de-semana, não há indicação de ter havido confrontação, nem sinal de qualquer perfuração causada por arma de fogo, de acordo com o jornal.

As vítimas foram enterradas a sensivelmente 15 quilómetros.


O Denis Hurley Peace Institute (DHPI), a entidade de paz da Conferência dos Bispos Católicos da África Austral, acredita ter encontrado lacunas nos dados da ONU sobre pessoas deslocadas no norte de Moçambique.

O director desta organização acusou a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) de republicarem acriticamente dados do governo moçambicano, destinados a promover uma imagem de regresso à normalidade na zona.

Johan Viljoen, Diretor do DHPI, disse, após uma visita a Nampula em Novembro passado, que “a situação no terreno contradiz categoricamente as estatísticas oficiais”.
Segundo o relatório, existem agora mais de 6.000 deslocados internos num campo de deslocados em Rapale, distrito vizinho da cidade de Nampula, sublinhando que enquanto não estiverem reunidas condições de segurança, será prematuro promover regressos em Cabo Delgado.”


Há sinais preocupantes de que várias autoridades moçambicanas se aproveitam da situação de 'terrorismo' no norte do país para se comportarem com uma impunidade crescente.
No início de Novembro, três missionários cristãos foram detidos no aeroporto de Inhambane, sul de Moçambique, quando carregavam uma carga de alimentos e assistência médica para um orfanato em Balama, Cabo Delgado.

Por motivos que ainda não estão claros, eles foram posteriormente acusados de crimes de terrorismo, inclusive supostamente sendo acusados de apoiar a insurgência.

Uma fonte disse à Cabo Ligado que a polícia de Inhambane recorreu à acusação de terrorismo quando percebeu que não podia deter os homens simplesmente por falta de documentação de importação adequada para os seus bens.

Os três foram agora transferidos para a prisão de máxima segurança de Maputo, conhecida como BO, onde podem enfrentar pelo menos quatro meses de prisão, enquanto os procuradores investigam as acusações a fundo.


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