Presidente Nyusi diz que deslocados não foram autorizados a regressar

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31 Maio, 2022

Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta terça-feira, 31 de Maio de 2022, temos os seguintes destaques:

🔶 Mocambique deve apostar em forças especiais e recursos modernos para combater terroristas, alerta especialista das FADM

🔶 Presidente Nyusi diz que deslocados não foram autorizados a regressar

🔶 Deslocados reclamam do alto custo de vida em Pemba


Os grupos armados que actuam em Cabo Delgado adoptaram táticas de guerrilha, em pequenos grupos, e a sua erradicação exige forças especiais preparadas para esta nova realidade.

Quem assim o diz é o docente universitário e coronel de Infantaria Motorizada nas FADM, Rodrigues Lapucheque, que disse à Lusa que os rebeldes apostam agora numa característica típica de guerrilha, desde desgaste do adversário, emboscadas a militares e assaltos a aldeias, onde procuram comida.

Para conter a situação, o Governo moçambicano deve apostar forte no treino, formação e equipamento de forças especiais, com capacidades de combate contra guerrilha, ele acrescentou.

Esse efetivo deve ser dotado de meios de mobilidade rápidos e modernos, quer terrestres, quer aéreos, e telecomunicações avançadas para uma melhor coordenação de ações de combate, abastecimento e retirada de feridos e baixas, explicou o especialista, em entrevista à Lusa.


O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse na semana passada que os deslocados não foram autorizados formalmente a regressar às suas zonas de origem, numa altura em que reportam-se novos ataques, afectando também as vítimas que tinham fugido.

Nyusi, que falava na cidade de Maputo, explicou que o executivo está ciente de que não deve cantar vitória, uma vez que o Governo tem consciência de que os terroristas prevalecem.

Ele reiterou que as populações tendem a regressar às suas zonas de origem, entretanto “não houve nenhum comando formal para regressarem às zonas”

Anotou o chefe do Estado, citado por vários meios de comunicação, que são as próprias vítimas que disseram não precisar de autorização para regressar às suas casas, tal como não esperaram por uma voz de comando para fugir, quando os ataques terroristas se intensificaram.


A situação de alguns deslocados que vivem na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, está cada vez mais difícil devido ao alto custo de vida.

Segundo o jornal O País, a ajuda humanitária tende a reduzir, e o apoio que os deslocados recebem das poucas organizações que ainda operam na província é considerado insuficiente, situação agravada com o acentuado custo de vida.

Alguns deslocados disseram ao jornal ``O País'' que devido à gravidade da situação humanitária, algumas famílias estão a pensar em voltar às suas origens, mas aguardam pelas orientações das autoridades.

Refira-se que a ajuda humanitária tende a reduzir, e algumas organizações não-governamentais pararam de prestar apoio aos deslocados.


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