Presença e circulação de terroristas nas aldeias de Mucojo
Naquilo que, aliás, era previsível, nos últimos tempos relata-se muito o que se considera “aumento” do número de terroristas que compõem cada grupo que é visto a circular nas aldeias dos postos administrativos de Chai, Mucojo e Quiterajo.
Os grupos que circulam continuam a espalhar mensagens de paz, tentando ganhar corações e confiança da população local. E o recado de fundo continua a ser a necessidade de a população não colaborar com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e, nisto, posicionar-se como “olheiro” para dar, aos terroristas, os passos das forças governamentais.
O grande receio é que assim que os grupos alcançarem agrupamentos consideráveis do ponto de vista numérico, estes iniciem ataques de grande envergadura contra as posições das Forças de Defesa e Segurança que, em Macomia, têm alguns aquartelamentos.
Nisto, na semana passada relatou-se a movimentação de grande número de bandos terroristas na zona de Ntoni, entre Quiterajo e Pangani.
“O que criou mais agitação nas pessoas é o grande número dos efectivos por parte destes [terroristas] que cresce dia após dia. Fez com que muitos comerciantes informais que se dedicavam à compra e pesca de produtos marinhos naquela zona abandonassem para a sede do distrito [Macomia] e cidade de Pemba” – descreveu uma fonte local, classificando a situação como de muita preocupação.
Há uma semana, recorde-se, o governador da província de Cabo Delgado fez uma visita a Mocímboa da Praia e Macomia, tendo, nesta última, passado por Pagani, em Mucojo. Naquela região costeira, Valige Tauabo ofereceu apoios em insumos de pesca.