População de Palma pede reabertura da fronteira de Namoto

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24 Janeiro, 2023


Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 24 de Janeiro de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Vídeo onde soldados sul-africanos queimam cadáveres foi filmado em Nangade.

🔸 Terroristas entregam-se no distrito de Nangade.

🔸 População de Palma pede reabertura da fronteira de Namoto.


O vídeo que mostra militares sul-africanos na missão militar da SADC, queimando cadáveres, foi filmado na região de Nkonga, distrito de Nangade, em Cabo Delgado, segundo noticia esta segunda-feira a Carta de Moçambique.

Fontes militares revelaram à "Carta" que o cenário foi captado por uma câmara de telefone, em Novembro do ano passado, minutos depois das forças da SADC terem invadido uma base dos terroristas.

De acordo com as mesmas fontes, o ataque à base dos terroristas em Nkonga, considerada a maior no distrito de Nangade, ocorreu depois de duas emboscadas contra tropas da Tanzânia e do Lesoto, que resultaram na morte e ferimento de soldados dos dois países.
Refira-se que, na semana passada, a missão militar da SADC em Moçambique (SAMIM) anunciou a criação de uma comissão de inquérito para apurar as circunstâncias em que as forças da África do Sul, que têm maior número de tropas na missão, se envolveram na queima de cadáveres.

No entanto, comentando na televisão privada, TV Sucesso, o analista Adriano Nuvunga considerou imprudente que sejam as próprias forças da SADC a fazer investigação sobre si mesmas.

Na óptica de Nuvunga, o estado moçambicano, que ainda mantém silêncio sobre o facto, deve exigir uma investigação independente, porque, segundo sugere, os cadáveres queimados podem ser de cidadãos capturados pelos terroristas em várias incursões.


De 13 a 18 de Janeiro corrente, três terroristas entregaram-se às autoridades no distrito de Nangade, norte de Cabo Delgado, e relataram uma realidade extremamente difícil nas suas posições, revela o jornal MediaFax.
De acordo com relatos atribuídos a um dos insurgentes, as dificuldades vão desde a falta de logística até ao “aperto” em resultado das ofensivas levadas a cabo pelas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, em parceria com as forças da SAMIM.

O relato do MediaFax, explica que aquando da destruição da base de Panjele, no distrito de Mocímboa da Praia, onde um dos líderes terroristas foi abatido, cerca de 15 terroristas de nacionalidade tanzaniana fugiram em direcção a Nangade, onde conseguiram juntar-se a outros grupos que operavam naquela região.

Mas em Nangade, o grupo também não conseguiu descanso, tendo em conta as ofensivas das FDS e das forças conjuntast.

Para além dos três insurgentes que se entregaram, a população local conseguiu capturar um quarto terrorista, no dia 17.

Com os quatro nas mãos das autoridades, estes relataram a existência de outros três escondidos nas “machambas”, que foram depois capturados por elementos da força tanzaniana. São assim sete os terroristas que estão nas mãos das autoridades, desde o dia 13 de Janeiro corrente.


A população do distrito de Palma, em Cabo Delgado, pediu ao governo a reabertura do posto fronteiriço de Namoto, que liga Moçambique à Tanzânia, encerrado devido a questões de segurança.

Segundo a Rádio Moçambique, o pedido é reforçado pelos comerciantes que argumentam que o posto de Negomano, situado no distrito de Mueda, fica distante de Palma, facto que encarece os custos das mercadorias.

A RM adianta que os populares solicitaram igualmente a reabilitação da estrada que liga a sede distrital ao posto administrativo de Quionga.

O Administrador do distrito de Palma refere que a reabertura do posto fronteiriço de Namoto está dependente da orientação das Foças de Defesa e Segurança (FDS).

Quanto à estrada, João Buchili, afirmou que há trabalhos em curso visando a melhoria da sua transitabilidade.



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