PNUD disponibiliza 66 milhões de dólares para reconstrução dos distritos afectados
Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 22 de Novembro de 2022. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.
Para já os destaques:
🔸 População abandona aldeia de Nguida depois de novo ataque de insurgentes
🔸 ONG exigem aprovação do fundo soberano para canalização das receitas do gás
🔸 PNUD disponibiliza 66 milhões de dólares para reconstrução dos distritos afectados
No Distrito de Macomia, a aldeia Nguida está completamente abandonada depois de mais um ataque de grupos terroristas, na noite da quinta-feira, obrigando as pessoas a fugirem para a sede distrital.
Segundo o MediaFax, a posição militar que estava em Nguida também não resistiu ao que se considera ter sido um “forte ataque” terrorista e consequente “forte confronto”.
Os militares abandonaram a sua posição e alguns apareceram nos bairros da sede distrital enquanto outros são dados como desaparecidos.
Por conta do cenário de insegurança que se vive em várias áreas do distrito de Macomia, também a população de Liukwe, que não tinha sido abandonada, está a fugir em direcção à vila distrital.
Organizações não-governamentais moçambicanas consideraram na sexta feira “urgente” a aprovação pelo parlamento do fundo soberano, para a canalização das receitas do gás da bacia do Rovuma, cuja primeira exportação arrancou no dia 13.
Citado pela Carta de Moçambique, Stiven Ferrão, da Associação de Apoio e Assistência Jurídica às Comunidades (AAAJC), disse que se torna urgente a rápida implementação do fundo soberano.
Analistas ouvidos pela DW, afirmam que Moçambique espera ganhar 19,3 mil milhões de dólares nos próximos 25 anos e anualmente mais de 700 milhões de dólares, com a exportação do gás do Rovuma.
O Programa das Nações unidas Para o Desenvolvimento (PNUD) anunciou sexta-feira a disponibilização de 66 milhões de dólares norte-americanos para a reconstrução dos distritos afectados pelo terrorismo islâmico na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Segundo a vice-directora regional do PNUD para África, Noura Hamladji, citada pela AIM, este montante será aplicado, a partir de 2023, nos distritos de Palma, Mocímboa da Praia, Macomia, Nangade, Ancuabe e Quissanga.
Noura Hamladji falava após ter sido recebida pelo primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane.
A vice-directora do PNUD para África disse ainda que os fundos visam garantir a segurança na zona, criar meios de subsistência para os deslocados que pretendem regressar às suas zonas de origem, e restabelecer as estruturas administrativas e comerciais nos distritos gravemente afectados pelo terrorismo.
Uma semana depois de o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, ter anunciado o arranque da exportação do gás liquefeito da conflituosa região de Cabo Delgado, no norte do país, analistas dizem ter valido a pena manter os planos de venda de gás, apesar da insegurança na região.
Citado pela emissora DW, o diretor de programas do Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), Dércio Alfazema, diz que o país se posiciona melhor na lista dos exportadores mundiais de gás.
Sublinha que ao nível internacional, Moçambique ganha maior prestígio, porque passa a fazer parte da lista restrita de países que produzem e exportam o gás e, consequentemente, isso vai trazer uma nova dinâmica para a economia através da arrecadação de receitas.
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