Ordem dos advogados denuncia cobranças ilícitas a civis sob pretexto de serem terroristas
Saudações! Sejam bem-vindos à edição de "Voz de Cabo Delgado" para 08 de Fevereiro de 2022. "Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso dedicado à província de Cabo Delgado, produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.
Para já os destaques:
🔸 Insurgentes matam mais seis pessoas no distrito de Macomia.
🔸 RENAMO considera cedo cantar victória mesmo com a morte de líderes terroristas.
🔸 Ordem dos advogados denuncia cobranças ilícitas a civis sob pretexto de serem terroristas.
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Os insurgentes mataram seis homens, raptaram pelo menos 10 mulheres, depois de emboscar dois camiões, incendiaram casas e saquearam bens em quatro ataques diferentes, todos a sul do distrito de Macomia, na província Cabo Delgado, no sábado.
Segundo o Zitamar News, os mortos incluem um motorista de camião que caiu em uma emboscada ao longo da estrada N380, um homem na comunidade de Rafique que foi decapitado e quatro caçadores perto da aldeia Nacate, explicou um comerciante informal local de Macomia-sede.
Eles também atacaram a aldeia de Bangala 2, que fica a 8 km da cidade de Macomia, por volta das 20 horas, depois de emboscar os camiões. Nenhuma vida foi perdida, pois os aldeões já haviam fugido e estavam escondidos na floresta.
Por outro lado, dois irmãos e seu pai estavam entre o grupo de caçadores que voltavam para a aldeia de Nacate na tarde de sábado quando foram pegos pelos insurgentes. Um dos irmãos escapou até na aldeia. Ele disse que os insurgentes os amarraram e confiscaram sua carne de caça.
Acrescentou que as forças de Defesa e Segurança de Moçambique estiveram na aldeia de Bangala 2 na manhã deste domingo, disparando alguns tiros e depois regressaram. Assim, os viajantes estão usando a estrada N380, mas com cautela.
A Renamo diz que ainda não se pode cantar vitória, na sequência da morte de sete líderes jihadistas em Cabo Delgado, e manifesta-se preocupada com alegados casos de violação de direitos dos cidadãos nas zonas de conflito.
Segundo a Voz da América, esta posição foi defendida pelo Conselho Nacional da Renamo que esteve, recentemente, reunido em Nampula.
O porta-voz da Renamo, José Manteigas, disse que a situação do terrorismo em Cabo Delgado e Niassa, preocupa o partido, porque agora já se fala também de Nampula e Inhambane, pelo que tudo deve ser feito para que as acções dos terroristas não cheguem a todo o país.
Para a Renamo, refere a Voz da América, ainda não se pode cantar vitória antes de resultados plausíveis.
Entretanto, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, falando na quarta-feira passada em Pemba, capital de Cabo Delgado, disse que os insurgentes estão com sérios problemas logísticos.
As Forças de Defesa e Segurança continuam sendo notícia por más acções na gestão do terrorismo na província de Cabo Delgado.
Segundo a Carta de Mocambique, na terça-feira, a Ordem dos Advogados de Moçambique, a nível da província de Cabo Delgado, denunciou casos de cobranças ilícitas a civis que supostamente colaboram com o grupo terrorista.
Segundo a Ordem dos Advogados, as cobranças ilícitas são protagonizadas por elementos das FDS e visam evitar a detenção dos supostos colaboradores do grupo terrorista.
A denúncia foi feita por Momade Abubacar, representante da Ordem dos Advogados em Cabo Delgado, durante a abertura do Ano Judicial.
Para além de cobranças ilícitas, a Ordem dos Advogados denunciou maus tratos a pessoas que residem nas proximidades dos quartéis das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), sobretudo no Quartel da Marinha de Guerra, localizado no bairro Ingonane.
Situações desta natureza acontecem durante as patrulhas nocturnas, sendo que alguns cidadãos são obrigados a limpar o quartel como castigo por não ter documento de identificação ou dinheiro de suborno, referiu.
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