11 mil pessoas das aldeias de Hocula precisam de ajuda

Os recentes ataques terroristas, pelo menos, duas aldeias do posto administrativo de Hocula, distrito de Namuno, sul de Cabo Delgado, é já motivo de um novo drama humano, com a população recém chegada e aglomerada na sede distrital a depender integralmente de “mão amiga” para poder sobreviver.

São no total 11 mil pessoas que precisam de ajuda urgente, particularmente alimentar e em termos de abrigo. Entretanto, o governo distrital de Namuno não sabe o que fazer. Diz que não está em condições de garantir assistência multiforme àquele grupo de pessoas, pelo que o grito de socorro foi já avançado para que parceiros nacionais e internacionais possam dar algum tipo de contributo.

Felisbela Lázaro, administradora daquele distrito, reconheceu, em entrevista à rádio pública nacional, a incapacidade do seu distrito, particularmente pelo facto de há algum tempo estar a tentar garantir apoios à população que vem buscando abrigo e segurança desde o início da insur- gência. Portanto, apontou a dirigente, a sede distrital está a tentar assistir deslocados internos, mas também de outros distritos da província.

De acordo com a dirigente má- xima do governo distrital, na sede há famílias que perfazem 100 membros a partilhar uma única residência, uma realidade considerada difícil de gerir.

Murameia e Pararane são as duas aldeias atacadas por bandos terroristas nas últimas duas semanas, acção que também resultou em morte de pessoas, saque de bens e destruição de várias casas.

MediaFax