Membro da Força Local morto em Macomia

Os terroristas apoiados pelo Estado Islâmico emboscaram um camião de cimento ao longo da Estrada N380, na província de Cabo Delgado no sábado, matando um membro das Forças Locais e ferindo gravemente pelo menos dois outros ocupantes.
2 Abril, 2025

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 28 de Março de 2025. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média.

Para já os destaques:

🔸 Membro da Força Local morto em Macomia

🔸 Governador de Cabo Delgado compara manifestantes com terroristas

🔸 Insurgentes capturam embarcações de pescadores em Macomia

Pode ouvir esta edição na sua língua de escolha, desde Português, Emakhuwa, Kimwani ou Shimakonde. Visite a nossa página, avoz.org, para escolher a sua língua de preferência ou através dos nossos canais de WhatsApp ou Telegram.


Os terroristas apoiados pelo Estado Islâmico emboscaram um camião de cimento ao longo da Estrada N380, na
província de Cabo Delgado no sábado, matando um membro das Forças Locais e ferindo gravemente pelo menos dois outros ocupantes.

Segundo o Zitamar News, o ataque ocorreu entre as 10 e as 11 da manhã do dia 22 de Março ao longo do troço que liga as aldeias de Chai e V Congresso, no distrito de Macomia.

O condutor e o seu assistente sofreram ferimentos graves, segundo fontes locais. Receveram os primeiros socorros inicialmente no centro de saúde em Macomia antes de serem transferidos para Pemba no Hospital para cuidados médicos adicionais.

Uma fonte sugeriu que os agressores podem ter acreditado que o camião transportava comida. No dia seguinte, os insurgentes assaltaram quatro veículos perto do mesmo local e tentaram raptar vários civis, incluindo mulheres, mas uma unidade de Defesa do Ruanda em patrulha chegou e resgatou os reféns após uma breve troca de tiros, disse uma fonte local relatado.


O Governador de Cabo delgado afirma que as acções praticadas pelos manifestantes desta província equiparam-se aos actos dos terroristas.

Valige Tauabo fez a afirmação, no sábado no distrito de Ancuabe, após visitar o posto administrativo de Meza, onde infra-estruturas públicas foram vandalizadas e queimadas no contexto dos protestos pós-eleitoral.

Citado pela Rádio Moçambique, Tauabo disse que a forma de actuação dos protestantes não afasta a hipótese da existência de um cunho terrorista, pelo que exorta a população a não aderir às manifestações violentas, sob o risco de serem confundidos com os insurgentes.

Devido à onda de vandalização, ocorrida no contexto das manifestações em Dezembro passado, encontram-se encerrados todos os serviços públicos do posto administrativo de Meza, distrito de Ancuabe.


Terroristas capturaram quatro barcos de pescadores na costa de Macomia, a 21 de março e levaram-nos para a aldeia de Pequeue, posto administrativo de Quiterajo.

De acordo com o Zitamar News, este incidente ocorre após o rapto de cerca de 40 pescadores perto da ilha de Tambuzi, ao largo da costa litoral do distrito de Mocímboa da Praia, no dia 19 de Março. Naquele incidente, os terroristas exigiram 35.000 resgate em meticais (cerca de 550 dólares) e libertou os reféns no dia seguinte.

Entretanto, um blogue de notícias denominado por Mozanorte, refere que as quatro embarcações capturadas para Pequeué também foram libertadas mediante pagamento de um valor não revelado.


Bem-vindos, caros ouvintes! Hoje, vamos discutir uma história motivacional do Programa Paz e Estabilidade - um projeto que está a mudar vidas e a construir comunidades mais fortes e seguras em Cabo Delgado

Vamos dar destaque a uma extraordinária iniciativa que está a trazer mudanças duradouras ao Posto Administrativo de Mirate - chama-se Paz na Poupança em Unidades Comunitárias.

Este projeto tem como objetivo capacitar as comunidades através do poder dos grupos de poupança, promovendo a paz e impulsionando o desenvolvimento a partir da comunidade.

Então, qual é a história por detrás de Paz na Poupança em Unidades Comunitárias?

Bem, o Posto Administrativo de Mirate enfrenta desafios, não porque as pessoas não tenham recursos ou grupos de poupança, mas porque há uma falta de iniciativas que possam ajudar as pessoas a transformar os seus sonhos em realidade.

É aqui que o projeto intervém - formando grupos de poupança e fornecendo as competências e ferramentas para canalizar essas poupanças para actividades que melhorem tanto as famílias como a comunidade em geral.

E não se trata apenas de poupar dinheiro. Trata-se de criar paz, confiança e cooperação entre os membros, assegurando que toda a comunidade possa crescer mais forte em conjunto.

Agora, vamos ver como funciona este projeto.

Na sua primeira fase, serão criados 6 grupos de poupança em 5 aldeias, incluindo a Unidade Sede, Eduardo Mondlane, Namitil, Ncorrorro e Newara. A Unidade Sede, com a sua maior população, terá dois grupos.

No total, são 180 membros, maioritariamente mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 55 anos, todos a contribuir e a beneficiar destas iniciativas de poupança.

Mas isto é mais do que apenas números. Todos os participantes receberão formação especializada na metodologia GALS - o Sistema de Aprendizagem de Ação de Género, algo de que já falámos em programas anteriores. Trata-se de um sistema comprovado que ajuda as pessoas a planear a sua visão do futuro, a ultrapassar desafios e a promover a paz nas suas comunidades.

O que é que se segue?

Construir um Centro Comunitário para a Paz

A construção começa em novembro num terreno no Bairro Cimento da Unidade. Este centro irá proporcionar um espaço para formação, diálogo e partilha de experiências.

Enquanto o centro está a ser construído, as sessões serão realizadas num abrigo comunitário, assegurando que o progresso nunca abranda.

A partir de dezembro, cada grupo de poupança receberá 8 sessões de formação, abrangendo ferramentas como a Caminhada da Visão, a Árvore do Equilíbrio de Género e a Árvore da Paz.

Não se trata apenas de gestão financeira - trata-se de fomentar a confiança, o diálogo e o respeito entre os participantes.

Claro que, como qualquer projeto ambicioso, existem desafios. O clima, a resistência às taxas de inscrição e até hábitos como o consumo de álcool podem atrasar as coisas. Mas a equipa por detrás do Paz na Poupança em Unidades Comunitárias tem a experiência e a dedicação necessárias para ultrapassar estes obstáculos.

Os organizadores trabalham com grupos de poupança desde 2018, organizando mais de 300 pessoas e realizando mais de 400 réplicas de treinamento. Trazem não apenas experiência, mas um profundo compromisso com o empoderamento da comunidade.

Porque é que isto é importante?

Porque este projeto é muito mais do que poupanças. Trata-se de construir um futuro onde as famílias prosperam, as comunidades se unem e a paz se torna um modo de vida.

Utilizando ferramentas como a Árvore da Paz, o projeto aborda questões reais como a violência doméstica, o roubo e o conflito - criando bairros mais seguros e laços mais fortes entre as pessoas. E ao reinvestir as poupanças na comunidade, estes grupos estão a criar oportunidades para todos.

E a melhor parte?

Isto é apenas o começo! O objetivo é expandir de 6 grupos de poupança na primeira fase para 12 grupos na fase seguinte. Isto significa que ainda mais famílias e comunidades irão sentir os benefícios.


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À medida que olhamos para o futuro, o projeto também planeia partilhar os seus resultados com governos e organizações locais, espalhando a palavra e inspirando outros a adotar iniciativas semelhantes.

Fique atento aos futuros programas Paz e Estabilidade, onde lhe daremos a conhecer as histórias das pessoas que fazem parte desta incrível jornada. Desde os desafios que enfrentaram até às vitórias que alcançaram.

Até lá, vamos continuar a apoiar projectos locais que constroem comunidades mais fortes e pacíficas.

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