Mais armas descobertas em Nangade
Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 13 de Julho de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.
Para já os destaques:
🔸 Desconhecidos queimam barcos de pescadores em Macomia
🔸 Empresa do Canadá vai equipar aviões das FADM para responder ao terrorismo
🔸 Mais armas descobertas em Nangade
Indivíduos desconhecidos queimaram dezenas de embarcações de pescadores regressados à praia da aldeia Pequeué, posto administrativo de Quiterajo, no distrito de Macomia, em Cabo Delgado.
Segundo a "Carta", a destruição das embarcações, na sua maioria à vela, com capacidade para duas a três pessoas, aconteceu nos últimos dias, quando os regressados a Pequeué receberam ordens para abandonar a região para a aldeia Pangane, com vista a dar espaço às operações de patrulhamento das Forças de Defesa e Segurança.
A movimentação coerciva dos regressados, segundo as fontes daquele jornal, deixou os pescadores frustrados, porque agora estão sem meios de rendimento. O pescado era fornecido aos comerciantes, que por sua vez faziam a revenda no principal mercado da vila de Macomia.
Actualmente, as condições de segurança não permitem que os pescadores, bem como os artesãos, possam entrar na floresta para localizar árvores para o fabrico de novas embarcações.
Uma empresa canadiana vai proceder à atualização de aviões espiões das FADM, para o combate ao terrorismo em Cabo Delgado. De acordo com um relatório recente, a PAL Aerospace do Canadá irá reforçar as capacidades de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) do avião Mwari, do fabricante sul-africano Paramount, para o exército moçambicano.
Segundo o Cabo Ligado, o PAL integrará o software Advanced Integrated Multi-sensing Surveillance-ISR e fornecerá outros sistemas de observação, melhorando a visibilidade para operações de contra-insurgência em Cabo Delgado.
A República Democrática do Congo, (RDC), encomendou seis aeronaves Mwari em 2021, para uso contra os rebeldes M23 apoiados pelo Ruanda, na província de Kivu do Norte, sendo que Moçambique não é o primeiro a usar aquela tecnologia.
Um número não especificado de armas de fogo de vários tipos, foi descoberto em finais de Junho (última semana), debaixo de árvores frondosas, muito próximo das aldeias Nkonga e V Congresso no distrito de Nangade, norte da província de Cabo Delgado.
Fontes disseram ao mediaFAX que a descoberta foi feita por um grupo de mulheres, que se deslocou àquelas matas à procura de tubérculos localmente conhecidos por "mingõnko", para venda e alimentação. A procura e venda daqueles tubérculos é uma actividade secular muitas vezes feita pelas mulheres das zonas rurais, a nível do distrito de Nangade.
As fontes, explicaram que após a descoberta do referido material bélico, que se acredita ter sido escondido por terroristas, quando estabeleceram bases na zona, as mulheres informaram às autoridades da aldeia Nkonga que depois comunicaram às Forças de Defesa e Segurança locais, que as recuperaram e levaram até à sede do distrito de Nangade.
A ausência de instituições de justiça em Palma pode concorrer para intensificação de abusos e violação de direitos humanos, refere o Centro para a Democracia e Direitos Humanos, CDD.
Com excepção da presença da Polícia da República de Moçambique (PRM), das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), da Força Local e de militares ruandesas, a administração da justiça ainda não reabriu as portas no distrito de Palma.
O CDD adianta que o tribunal judicial do distrito, a procuradoria e Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) continuam fechadas, situação que adia o seguimento e a responsabilização de casos e pessoas envolvidas em abusos e violação de direitos humanos, em Palma.
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