Macomia e Quissanga deixaram de ser regiões de alto risco, conclui relatório da ONU

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26 Outubro, 2024

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 25 de Outubro de 2024. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média.

Os destaques desta semana:

🔸 Garimpeiros mortos após confrontos com forças de segurança na mina de Rubi em Montepuez

🔸 Macomia e Quissanga deixaram de ser regiões de alto risco, conclui relatório da ONU

🔸 Mais de 500 mil deslocados regressaram às suas zonas de origem em Cabo Delgado


Pelo menos seis (6) garimpeiros perderam a vida e outros, em número desconhecido, contraíram ferimentos ligeiros e graves após confrontos com agentes de segurança da empresa e as Forças de Defesa e Segurança, na tarde de Domingo numa das minas da empresa Montepuez Ruby Mining.

Segundo o jornal Ikweli, a confrontação ocorreu no Sábado e Domingo, após um grupo de mais de 100 garimpeiros ter invadido aquela concessão mineira, tendo obrigado a solicitação das forças de defesa e segurança.

Contudo, através de um Comunicado, a empresa Montepuez Rubi Mining desmentiu que tenha havido seis mortos, mas anteriormente confirmou a morte de um quando uma camada caiu sobre ele em processo de garimpo ilegal.

A Montepuez Rubi Mining confirmou igualmente que houve dois garimpeiros feridos após seu envolvimento em confrontos com as forças destacadas para garantir a segurança.


Os distritos de Macomia e Quissanga, em Cabo Delgado, já deixaram de ser regiões de alto risco, concluiu o relatório de um estudo sobre a segurança encomendado pelas Nações Unidas.

A informação é avançada pela Rádio Moçambique que aponta que aqueles dois distritos estão aptos para beneficiar de programas de assistência humanitária, no âmbito da estabilização imediata e recuperação da crise em Cabo Delgado.
A RM cita Bonie Mpaka, chefe do escritório do Gabinete de coordenação de assuntos humanitários, uma entidade das Nações Unidas.

Bonie Mpaka falava na segunda-feira em Pemba, na IV Sessão do Comité de Coordenação provincial da implementação do Plano de Reconstrução de Cabo Delgado, onde referiu que um estudo idêntico será realizado nos próximos tempo na região de Mbau, no dritisto de Mocímboa da Praia, para assegurar a assistência das famílias retornadas, neste momento condicionada por ainda se considerar uma região de alto risco.


Os distritos com maior retorno são Mocímboa da Praia, Palma, Mueda, Muidumbe e Quissanga
A informação foi avançada na segunda-feira, 21 de Outubro, pelo delegado provincial do INGD, Marques Naba, durante a IV Reunião de Coordenação sobre a implementação do Plano de Reconstrução de Cabo Delgado.

Marques Naba informou que, apesar dos avanços, a província contabilizava 135.892 pessoas deslocadas até o mês de Junho do corrente ano.

Na ocasião Naba, anotou que entre Junho e Setembro de 2024, o INGD prestou assistência humanitária a 98.272 famílias, cobrindo um universo de 501.436 pessoas, distribuindo bens alimentares e senhas de valor.


Trazemos agora novidades do Projecto de Paz e Estabilidade.
Vamos falar sobre algo verdadeiramente impactante que está a ter lugar em Cabo Delgado - o processo GALS, ou Sistema de Aprendizagem de Acção de Género. Trata-se de uma abordagem que está a ser utilizada no âmbito do Projecto de Paz e Estabilidade, para resolver alguns problemas em comunidades afectadas pelos conflitos.

Em termos simples, o processo GALS é uma forma de as comunidades trabalharem em conjunto para reduzir os conflitos e criar resiliência. A ideia é criar espaço para discussões abertas sobre os papéis e as relações entre homens, mulheres, rapazes e raparigas, especialmente depois de um conflito.

Os workshops baseados no GALS têm como objectivo ajudar as comunidades a resolver os desequilíbrios de género e a reforçar o seu tecido social.

O que faz com que este processo se destaque é o facto de não ser de cima para baixo. É conduzido pela comunidade. As pessoas têm o poder de conduzir as suas próprias iniciativas de construção da paz.
E é mais do que apenas falar - é orientado para a acção.

As ideias discutidas nos encontros GALS são concretizadas no trabalho real através de planos de acção.

Há financiamento disponível para algumas ideias lideradas pela comunidade.
Este financiamento é fornecido pelo Projecto Paz e Estabilidade em forma de subsídios.

Várias pessoas da nossa comunidade já se candidataram a estas subvenções, e muitos dos projectos que serão realizados como resultado centram-se na criação de emprego e na melhoria dos meios de subsistência, o que é algo que nos beneficiará a todos a longo prazo.

Desde o início dos seminários GALS em 2023, no âmbito do Projecto Paz e Estabilidade, foram dados verdadeiros passos em frente. 33 campeões comunitários da paz estão agora nos seus distritos, organizando workshops GALS e ajudando outros a aplicar a metodologia GALS, e estão a partilhar activamente o que aprenderam para construir comunidades mais fortes e mais coesas.

É claro que houve desafios. Questões de segurança em algumas áreas atrasaram as actividades, mas a equipa do projecto Paz e Estabilidade adaptou-se, concentrando esforços onde é possível e continuando a apoiar os campeões locais na implementação de projectos de construção da paz. E os progressos falam por si - 15 projectos comunitários já estão a ser concebidos e outros estão a caminho.

A Helana Zefanias Lowe, que coordena os seminários GALS do projecto Paz e Estabilidade falou connosco sobre as suas actividades:

Estima-se que 150 pessoas terão sido apresentadas à metodologia GALS, alargando ainda mais o seu impacto na nossa comunidade. E com estes esforços, o programa está a criar uma base para a paz e resiliência a longo prazo em comunidades que foram profundamente afectadas pelo conflito.

Este foi um segmento do processo GALS do Projecto de Paz e Estabilidade, liderado pelas comunidades e centrado em mudanças reais.


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