Insurgentes rendem-se e relatam dificuldades

De 13 a 18 de Janeiro corrente, três terroristas entregaramse às autoridades no distrito de Nangade, norte de Cabo Delgado, e relataram uma realidade extremamente difícil nas suas posições.
23 Janeiro, 2023

De 13 a 18 de Janeiro corrente, três terroristas entregaram-se às autoridades no distrito de Nangade, norte de Cabo Delgado, e relataram uma realidade extremamente difícil nas suas posições. O mau momento começa, de acordo com relatos atribuídos a um dos insurgentes ora nas mãos das autoridades, da falta de logística até ao “aperto” em resultado das ofensivas que têm estado a ser levados a cabo pelas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, em parceria com as forças da SAMIM, nome pelo qual é conhecido o contingente da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique, e das Forças de Defesa do Ruanda.

No concreto, o relato da fonte posicionada no distrito de Nangade, explicou que aquando da destruição da base de Panjele, no distrito de Mocímboa da Praia, onde um dos líderes terroristas foi abatido, cerca de 15 terroristas de nacionalidade tanzaniana fugiram em direcção à Nangade, onde conseguiram juntarse com outros grupos que naquela região operavam.

Mas em Nangade, o grupo também não conseguiu descanso, tendo em conta as ofensivas que as FDS e amigas têm levado a cabo. O exemplo dessas ofensivas é a operação contra uma base localizada em Nkonga. Nesse ataque, narra a fonte, 17 terroristas de nacionalidade tanzaniana e outros 10 de outras nacionalidades foram abatidos.

Nisto, sete tanzanianos que conseguiram sair vivos da ofensiva contra a posição terrorista que se escondia nas matas de Nkonga decidiram, entre eles, chegar a acordo de que deviam render-se e entregar-se às autoridades daquele distrito. Para garantir que não fossem abatidos por caminhar em grupo, decidiram que deviam entregar-se um por um.

Assim, saíram até a aldeia Unidade ou Luneque, onde depois de se esconder em alguns campos agrícolas, no dia 13 de Janeiro, o primeiro terrorista entregou-se. No dia 16, mais dois renderam-se. Foram estes a relatar a situação e o percurso desde as matas de Mocímboa da Praia até Nangade.

Já no dia 17, terça-feira, a população local conseguiu capturar o quarto terrorista. Com os quatro nas mãos das autoridades e a relatar a existência de outros três escondidos nas “machambas”, elementos da força tanzaniana conseguiram procurar e capturaram os restantes três, somando sete terroristas nas mãos das autoridades, desde o dia 13 de Janeiro corrente.

A fonte do mediaFAX deu ainda a conhecer que os sete terroristas foram levados por helicópteros, por volta das 10 horas desta quartafeira. Não se sabe exactamente para onde foram encaminhados.

Em relação à situação de segurança, Nangade é descrito como estando calmo, apesar da circulação de terroristas que aparentemente procuram, de forma disfarçada, juntar-se aos seus familiares.

Actualmente, entre os distritos de Macomia e Muidumbe, decorre a ofensiva denominada “Vulcão IV”, uma operação em torno da qual, as Forças de Defesa e Segurança nunca falaram de forma objectiva e esclarecedora, razão que faz com que circulem rumores de se tratar de mera propaganda das forças moçambicanas.

Sim ou não, o facto é que a situação de ordem e restabelecimento da segurança, particularmente nas regiões centro e norte de Cabo Delgado, continue sendo considerada bastante volátil.


Este artigo é do excerto MediaFax .

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