Insurgentes decapitam duas pessoas em Muidumbe (Mediafax)

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20 Dezembro, 2024

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 20 de Dezembro de 2024. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média em parceria com o projecto de Promoção da Paz e Estabilidade em Cabo Delgado.

Para já os destaques:

🔸 Mecufi quase que totalmente destruído pelo ciclone Chido

🔸 Nyusi pede à população para permitir retoma de actividades na empresa de grafite

🔸 Insurgentes decapitam duas pessoas em Muidumbe (Mediafax)


Pode ouvir esta edição na sua língua de escolha, desde Português, Emakhuwa, Kimwani ou Shimakonde. Visite a nossa página, avoz.org, para escolher a sua língua de preferência ou através dos nossos canais de WhatsApp ou Telegram.


Quase todas as infraestruturas foram destruídas no distrito de Mecúfi, província de Cabo Delgado, que foi no domingo o ponto de entrada do ciclone Chido em Moçambique, de acordo com Hélia Seda da ONG portuguesa Helpo.

Igualmente foi em Mecufi que houve mais mortes causadas pelo ciclone. Outras províncias afetadas incluem Niassa e Nampula. Até quinta-feira falava-se de 70 mortes no total, sendo 50 só em Mecufi.

Bonifácio António do INGD disse à agência Lusa que o número de mortos pode vir a subir nas próximas horas porque à medida que as equipas fazem buscas vai se tendo novos registos.


O Chefe do Estado, Filipe Nyusi, pede a contenção dos ânimos aos residentes do distrito de Balama, para que a mineradora australiana Syrah Resources retome as suas operações de mineração de grafite, instalada há seis anos naquele distrito do sul de Cabo Delgado.

Citado pela AIM, Nyusi alegou que o investimento da mineradora está a ser abalado pelas manifestações pós-eleitorais que estão em curso no país, promovidas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que reivindica a vitória nas eleições de 9 de Outubro último.

Refira-se que em um comunicado a que a AIM teve acesso, a Syrah Resources invocou “força maior” para suspender suas operações de mineração de grafite, devido ao agravamento da agitação resultante de manifestações.

As manifestações, que iniciaram a 21 de Outubro, já haviam forçado a empresa a restringir suas actividades.


Vários residentes da aldeia de Miangaleua, no distrito de Muidumbe, província de Cabo Delgado, abandonaram as suas casas quando os insurgentes atacaram nos dias 11 e 12 de dezembro.

De acordo com o Mediafax, na sequência duas pessoas foram decapitadas,

Igualmente, várias casas e lojas foram incendiadas e alimentos foram saqueados.

A aldeia fica a 7 km de uma posição das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e a 10 km de uma posição das Forças de Defesa do Ruanda.


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Bem-vindos, ouvintes! Hoje, vamos falar de uma história transformadora do Programa Paz e Estabilidade - um projecto que está a mudar vidas e a construir comunidades mais fortes e seguras em Montepuez

Comecemos com alguns antecedentes. O Programa para a Paz e a Estabilidade lançou a iniciativa “Sementes para a Paz".

Esta iniciativa fornece apoio financeiro a organizações locais, grupos de jovens e indivíduos em Cabo Delgado que estão empenhados em promover a paz, o diálogo e a reconciliação.

Hoje vamos falar sobre um dos programas propostos por um membro da comunidade local em Montepuez que tem como objectivo reforçar 5 Tribunais Comunitários para a Promoção da Justiça no Posto Administrativo de Mirate.

Porque é que isto é importante?

Os tribunais comunitários são muitas vezes o primeiro sítio onde as pessoas procuram justiça, mas estes tribunais têm tido dificuldades devido à formação limitada, à falta de recursos e à falta de representação feminina. Para muitos, isto significa justiça atrasada ou mesmo negada.

Como é que o fundo “Sementes para a Paz" afecta esta situação?

O financiamento foi utilizado para lançar um projecto centrado no reforço da capacidade dos tribunais comunitários em cinco localidades: Mirate Sede, Mararange, Unidade, Chipembe e Nacuca.

Ao longo de seis meses, de novembro de 2024 a abril de 2025, o projeto visa formar 40 membros de tribunais comunitários, incluindo juízes e membros do conselho. É importante salientar que estão a promover a inclusão de género, com o objetivo de ter duas representantes femininas em cada tribunal.

O que é que isto significa para a comunidade?

Para muitas famílias, este projeto é uma mudança de vida. Vejamos o caso de Maria, uma viúva que estava a enfrentar disputas de terras após o falecimento do marido. Partilhou connosco que não se sentia ouvida nem apoiada.

“Não sabia para onde ir ou em quem confiar”, disse ela.

Mas agora, com um tribunal comunitário mais forte e melhor equipado, Maria encontrou justiça e sente-se segura em sua casa.

Como é que tornamos isto possível? O projecto utiliza a metodologia de Aprendizagem Accionada em função do Género utilizada em todo o projecto Paz e Estabilidade. Trata-se de uma abordagem participativa que inclui ferramentas como a Caminhada da Visão e a Árvore da Paz. Estes métodos ajudam os membros do tribunal a aprender formas práticas de resolver litígios, prevenir a corrupção e criar planos a longo prazo para as suas comunidades. As sessões de formação decorrem durante 10 dias para cada tribunal, assegurando que os membros adquirem conhecimentos teóricos e práticos.

E o impacto não se fica por aqui. O projecto está também a promover a colaboração entre os tribunais e os comités de segurança locais. Estas parcerias estão a ajudar a resolver litígios familiares, a reduzir as tensões e a abordar questões como a violência baseada no género. Ao fornecer ferramentas como telemóveis e bicicletas, o programa está a garantir respostas mais rápidas a casos urgentes.

Mas não se trata apenas de resolver casos individuais. Trata-se de criar uma cultura de responsabilização e confiança. Foram realizadas reuniões com líderes comunitários influentes, incluindo representantes da polícia e chefes de aldeia. Através destas sessões, estamos a incentivar os líderes a adotar práticas que promovam a justiça e a igualdade.

Uma das partes mais inspiradoras deste projecto é o seu enfoque na capacitação das mulheres. Historicamente, as mulheres têm estado sub-representadas nos tribunais comunitários, mas esta iniciativa está a mudar isso activamente. Ao incluir mais mulheres, estamos a garantir perspectivas diversas e uma voz mais forte para aqueles que têm sido marginalizados.

Olhando para o futuro, o programa pretende partilhar amplamente as suas histórias de sucesso. Ao documentar os resultados através de fotografias e rádio como este, esperamos inspirar outras regiões a adoptar abordagens semelhantes. Com o apoio dos líderes distritais e das ONGs, estamos a preparar o caminho para uma paz e estabilidade sustentáveis em Moçambique.

O que é que isto significa para a paz? Em termos simples, significa esperança. Significa um futuro em que a justiça não é um privilégio, mas um direito de todos. Significa famílias mais fortes, comunidades mais seguras e uma sociedade que se mantém unida contra a violência e a corrupção.

Obrigado por se juntar a nós hoje para ouvir sobre este trabalho de impacto realizado como parte do Projecto Paz e Estabilidade.

Fiquem atentos a mais actualizações do Programa para a Paz e a Estabilidade e lembrem-se: juntos, podemos construir um futuro mais brilhante e mais pacífico.


Chegamos ao fim desta edição da Voz de Cabo Delgado.

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