Insurgência está perdendo potencial bélico, diz pesquisador

Listen to us here:
Android
iOS
10 Outubro, 2023

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 10 de Outubro de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Comandante da PRM apela às FDS a conviverem bem com a população regressada

🔸 Mais kits de emprego chegam a mais de 800 jovens em Cabo Delgado

🔸 Insurgência está perdendo potencial bélico, diz pesquisador


O Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique exige dos membros das Forças de Defesa e Segurança respeito para com as famílias que regressam às suas terras de origem, na província de Cabo Delgado.

Para Bernardino Rafael, as famílias que já foram alvo do terrorismo, algumas até traumatizadas, não podem sofrer duplamente, pelo que se devem sentir protegidas.

Segundo a Rádio Moçambique, o Comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, falava recentemente, na vila de Mocímboa da Praia.


O pesquisador João Feijó, da Organização Não-Governamental Observatório do Meio Rural (OMR), considerou que "a insurgência vai perdendo gradualmente poder bélico e capacidade de logística.

Em declarações à agência Lusa, o analista reconheceu que os militares conseguiram expulsar os grupos armados de áreas que ocupavam em Cabo Delgado, matar alguns dos seus líderes e travar o crescimento da insurgência.

João Feijó assinalou que os rebeldes chegaram a atingir uma capacidade ofensiva que lhes permitiu paralisar o projeto de gás natural do consórcio da multinacional francesa Total, quando atacaram a vila de Palma, em Março de 2021.

Apesar dos avanços no campo militar, prosseguiu Feijó, o Governo moçambicano "não canta vitória", porque sabe que os insurgentes "se reinventaram", actuando em pequenos grupos e mais móveis.


Um total de 815 jovens pertencentes às associações das comunidades de Milamba, Maputo, Nanduadua, Quelimane e Unidade, na vila de Mocímboa da Praia e Nanguna, Ncumbi, Pundanhar e Quionga, em Palma, província de Cabo Delgado, recebeu no sábado do governador, Valige Tauabo, “kits” de auto-emprego, nas especialidades de avicultura, processamento e venda de pescado e agricultura.

Segundo o "Notícias online", trata-se de 46 “kits” colectivos disponibilizados pelo Governo e seus parceiros, no âmbito da iniciativa denominada “Meu kit, Meu Emprego”.

Segundo Tauabo, a iniciativa vai contribuir para a satisfação das necessidades dos jovens e das comunidades locais.

“Mocímboa da Praia e Palma foram afectados pelo terrorismo, por isso é imperioso a participação de todos na sua reconstrução. Através destes ‘kits’ vocês vão poder fazer a vossa parte”, disse Tauabo.

A entrega dos “kits” foi antecedida por um processo de formação dos membros das associações beneficiárias em gestão de pequenos negócios.


O antigo Presidente da República diz que a pobreza é usada como argumento, mas não é a causa do terrorismo em Cabo Delgado.

Joaquim Chissano, citado pelo "O País", falava à margem de um encontro inter-religioso de celebração dos 31 anos da assinatura do Acordo Geral da Paz, na capital do país.

O terrorismo, a pobreza e os raptos que actualmente assolam o país, são apontados como retrocesso para os ganhos da paz no território nacional.

Joaquim Chissano entende que muitos dos males que assolam o país são usados por pessoas que pretendem promover a violência, em nome da pobreza.

“A pobreza é utilizada, não é a causa da guerra. Os malfeitores, os que se interessam pelo seu próprio bem, e que querem utilizar os pobres, utilizam a pobreza. Há quem pense que são os pobres que se revoltam, não são os pobres que se revoltam. Se há terrorismo em Mocímboa da Praia, então devia haver terrorismo noutros pontos do país que são mais pobres, poderia haver, por exemplo, em Matutuine”, explicou o antigo Estadista.


Mantenha-se atualizado sobre o conflito em Cabo Delgado, através das nossas páginas de Facebook, Telegram e qualquer aplicativo Podcast.

Ou visite o nosso website avoz.org

Pode também receber as notícias no WhatsApp, todas as Terças e Quintas-feiras, mandando uma mensagem para +258 843285766, na sua língua de preferência: Português, Emakhuwa, Shimakonde, Kimwani ou Kiswahili

Receba as noticias via WhatsApp e Telegram!

Para subscrever pelo WhatsApp, clique o botão abaixo e selecione o seu idioma de preferência. Por favor, salve nos seus contactos o número do WhatsApp do Plural Media. Fique tranquilo que ninguém poderá ver o seu contacto.Para subscrever pelo Telegram, clique no botão e siga as instruções no Telegram. O seu contacto não será público.

Popular

magnifierchevron-down