Governo de Mocímboa da Praia ordena regresso compulsivo de funcionários

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20 Abril, 2023

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 20 de Abril de 2023. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média, em parceria com o projecto Cabo Ligado.

Para já os destaques:

🔸 Governo de Mocímboa da Praia ordena regresso compulsivo de funcionários

🔸 África do Sul prolonga presença de tropas em Cabo Delgado

🔸 Autorizadas orações de madrugada na Vila de Mocímboa da Praia


Os funcionários públicos, ora deslocados em diversos distritos, deverão regressar a Mocímboa da Praia até ao final deste mês. O governo distrital anunciou que o salário será bloqueado a quem não regressar, refere o boletim eleitoral do Centro de Integridade Pública.

Segundo o CIP, a ordem do governo distrital surge nas vésperas do início do recenseamento eleitoral.

A decisão do governo leva a duas interpretações. A primeira está relacionada com a ideia de que a Frelimo quer forçar eleições em Mocímboa da Praia, devido à vantagem que tem por contar com o apoio dos funcionários públicos.

A segunda interpretação é de que a decisão governamental resulta dos condicionalismos impostos pela multinacional Total para o retorno às operações, aponta o boletim do CIP.

A Total impõe como condição para o retorno às suas actividades o funcionamento pleno dos serviços públicos em Mocímboa.

Grande parte dos funcionários públicos ainda se encontra em campos de deslocados de guerra nos distritos de Pemba, Metuge, Chiure, Montepuez, Mueda, Macomia, entre outros e ainda não tem onde residir em Mocímboa da Praia, uma vez que as suas casas foram totalmente destruídas pelos terroristas.


O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, decidiu prorrogar o mandato das tropas daquele país vizinho destacadas em Cabo Delgado, onde se encontram a apoiar as Forças de Defesa e Segurança no combate ao terrorismo.

Segundo o portal sul-africano News24, Ramaphosa também decidiu estender o mandato das tropas sul-africanas que se encontram numa missão de paz na República Democrática do Congo (RDC), a um custo total de cerca de um milhão de randes.

Ramaphosa anunciou a sua decisão numa carta com a data de 06 de Abril corrente, dirigida à presidente da Assembleia Nacional, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, e ao presidente do Conselho Nacional das Províncias, Amos Masondo.

Ramaphosa informa que o destacamento de tropas em Moçambique será prolongado até Abril de 2024. A África do Sul tem destacado em Cabo Delgado mil quatrocentos e noventa e cinco (1.495) membros da sua Força de Defesa Nacional.


As autoridades administrativas, em coordenação com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e as Forças de Defesa do Ruanda decidiram levantar a interdição da realização de rezas em mesquitas, no período de madrugada, na vila de Mocímboa da Praia, norte de Cabo Delgado, de acordo com o jornal Mediafax.

A proibição vinha sendo cumprida desde o regresso da população àquela autarquia que, durante quase um ano, foi integralmente controlada por terroristas.

O levantamento das restrições e consequentemente a permissão de ida de fiéis às rezas de madrugada responde, igualmente, aos pedidos e necessidades de reza no actual período do Ramadão, o mês sagrado da religião islâmica, que caminha para o seu fim.

Nas vésperas do Ramadão e antes de se conhecer a autorização, alguns regressados à vila decidiram sair para outras regiões, para cumprir integralmente com o jejum e as rezas impostas neste período sagrado para os muçulmanos.

A população civil começou a regressar à vila sede de Mocímboa da Praia em meados do ano passado, depois da autorização das autoridades de defesa e segurança.

Actualmente, os níveis de controlo de segurança são extremamente apertados, com patrulhas constantes e identificação de quem regressa, para evitar infiltração de grupos atacantes, tal como aconteceu em 2020, quando a vila foi tomada.


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