FDS continuam com vasculhas na ilha Matemo depois do ataque
Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta quinta-feira, 29 de Março de 2022, temos os seguintes destaques:
🔸 FDS continuam com vasculhas na ilha Matemo depois do ataque.
🔸 Tiroteios obrigam populares da vila de Macomia a dormir no mato
🔸 OIM regista aumento de deslocados em 7 por cento.
As Forças de Defesa e Segurança continuam com acções de esclarecimento da situação de ordem, segurança e tranquilidade públicas na ilha Matemo, distrito do Ibo, província de Cabo Delgado, duas semanas depois de um grupo terrorista ter atacado aquele local, incendiado habitações e pilhado diversos bens.
A descrição de fontes locais indica que antes da chegada das Forças de Defesa e Segurança, que iam em socorro da população, um grupo dos atacantes conseguiu sair de Matemo em embarcações carregadas de diversos bens alimentares pilhados nas barracas e pequenas lojas locais. Um segundo grupo, que ainda estava na ilha, é que entrou em confrontação com as Forças de Defesa e Segurança.
Uma fonte local disse, neste domingo, ao mediaFAX, que a vasculha continuava. Segundo a descrição, as autoridades vão de casa a casa a procura de possíveis terroristas escondidos, ou então, armas de fogo escondidas.
As autoridades falaram em 15 dias, o tempo necessário para esclarecer e limpar a zona, pelo que ao longo destes dias, nenhuma embarcação não previamente autorizada devia se fazer ao mar. E, efectivamente, garantiu a fonte, não há barco civil a sair ou a chegar a Matemo.
Residentes de Macomia, uma das principais vilas de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, fugiram para as matas na noite de quinta-feira devido a disparos nas imediações, disseram na sexta-feira dois habitantes à Lusa.
Desde as 18h00 houve disparos e muitos residentes foram dormir nas matas, relatou um habitante a partir de um esconderijo, numa altura em que ainda não há informação oficial sobre a situação.
A fuga da população foi justificada com os receios de terroristas armados poderem voltar a entrar na vila e sede de distrito, tal como aconteceu em 2020, apesar de actualmente haver tropas a guarnecer a área.
A mesma fonte referiu que os tiros começaram a ser ouvidos a partir da zona onde está a base das forças armadas moçambicanas e da SAMIM, tropas dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A população de Macomia teme que se torne igualmente arriscado aceder aos campos de cultivo em redor da vila.
O número de deslocados internos devido à guerra em Cabo Delgado aumentou em três meses para 784.000 pessoas, indica a Organização Internacional das Migrações no mais recente relatório sobre o conflito.
O levantamento foi feito entre janeiro e fevereiro.
Entre as causas para este aumento de deslocados internos estão ataques de terroristas armados contra as zonas de Nangade, Meluco, Macomia e arquipélago das Quirimbas. O número inclui também deslocados devido a ataques na província do Niassa, em dezembro.
A OIM, explica no relatório citado pelaLusa, que a maioria das famílias que fogem da guerra vive com comunidades que os acolhem, enquanto cerca de um quarto está em campos de deslocados. A capital provincial, Pemba, é o distrito que mais deslocados acolhe (152.000), seguido de Metuge (124.000), zona adjacente, do outro lado da baía.
As crianças continuam a representar metade da população deslocada, acrescenta a OIM, destacando a comida e abrigo como principais necessidades.
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