FDS acusados de matar pescadores no distrito de Palma

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5 Abril, 2022

Bem-vindo a Voz de Cabo Delgado, espaço que tem para se informar melhor sobre a província de Cabo Delgado. Para esta terça-feira, 05 de Abril de 2022, temos os seguintes destaques:

🔸 FDS acusados de matar pescadores no distrito de Palma.

🔸 SADC deve reforçar sua missão em Cabo Delgado, dizem analistas.

🔸 Regresso de funcionários aos distritos afectados pelo terrorismo não é obrigatório, diz ministra da administração estatal.


Membros das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS) torturaram na semana passada três civis, dois deles até à morte, suspeitando que fossem terroristas.

Segundo o Zitamar News, os incidentes aconteceram no dia 27 de março nos arredores de Palma, região que já fez um ano desde que foi libertada do controlo terroristapelas tropas mocambicanas e ruandesas.

Os primeiros dois jovens eram pescadores de Quissenge e teriam sido levados por uma forte rajada de vento para uma área proibida de navegacao na área de Milamba, perto de Quitunda.

De seguida, os pescadores foram confrontados por embarcações militares pertencentes à Unidade de Intervenção Rápida (UIR). Algumas mulheres que estavam pescando nas proximidades afirmaram ter visto oficiais da UIR revistando o barco e ouviram os jovens gritando, antes do episodio da morte.

No mesmo dia, um jovem que trabalhava numa zona perto de Palma teria sido abordado por elementos das FDS e torturado no local. Uma fonte disse ao Zitamar que um colega dele que testemunhou o incidente chamou as forças ruandesas para o local e aquela tropa conseguiu intervir antes que o homem fosse morto.


A SADC deve reforçar a sua Missão em Estado de Alerta em Moçambique para melhorar a sua eficácia no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, onde ainda não conseguiu consolidar a segurança nos locais sob sua gestão, dizem analistas, ouvidos pela Voz da América.

Algumas correntes de opinião têm feito referência a uma eventual falta de moral ou de pagamento na força da SADC colocada em Cabo Delgado, mas para o jornalista Fernando Lima não parece que seja esta a questão.

Aquele analista diz que se houvesse falta de moral, as forças da SADC teriam muitas baixas, mas ele aponta que as forças no terreno, por exemplo da África do sul, que tem maior número, só tem forças operacionais e não da infantaria para fazer ocupação espacial.

O analista Moisés Mabunda faz referência a um estudo publicado na capital ruandesa Kigali, indicando que as actividades operativas da força da SADC saiam pouco das suas posições, para vasculha que as forças ruandesas.


A ministra da Administração Estatal, Ana Comoana, diz que o Governo já começou apelar aos funcionários para regressarem aos locais onde haja população considerável, com vista a continuar o exercício das suas funções.

Ana Comoana, que falava à margem do II Fórum Urbano Nacional, realizado recentemente na cidade de Maputo, disse tratar-se de um retorno voluntário, ou seja, não é obrigatório, mas, naturalmente, está se fazendo sensibilização a esses funcionários.

Contudo, a pesar de os serviços básicos estar a serem restabelecidos nos distritos atacados pelos terroristas, a ministra, observa que os funcionários e agentes do Estado vão onde há população.


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