Dois militares mortos em ataque terrorista em Quissanga

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28 Fevereiro, 2025

Saudações! Seja bem-vindo à edição de "A Voz de Cabo Delgado" para 28 de Fevereiro de 2025. "A Voz de Cabo Delgado" é um espaço noticioso produzido pela Plural Média.

Para já os destaques:

🔸 Dois militares mortos em ataque terrorista em Quissanga

🔸 Activista social denuncia exploração sexual de menores em Cabo Delgado

🔸 Grafite de Balama será usado no fabrico de carros elétricos

Pode ouvir esta edição na sua língua de escolha, desde Português, Emakhuwa, Kimwani ou Shimakonde. Visite a nossa página, avoz.org, para escolher a sua língua de preferência ou através dos nossos canais de WhatsApp ou Telegram.


Pelo menos dois membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique foram mortos na quinta-feira (20) por terroristas num ataque surpresa à posição militar na vila de Bilibiza, no distrito de Quissanga, na província de Cabo Delgado.

Segundo a Zitamar News, o ataque aconteceu por volta das 16 horas. Fontes locais descreveram ao Zitamar News que houve uma troca de tiros que gerou pânico na comunidade, levando muitos a fugir para a sede distrital, Quissanga, cerca de 30 km.

O Estado Islâmico alegou ter matado dois soldados no ataque, publicando fotos supostamente das vítimas, uma das quais estava vestida com uniforme militar. O grupo também compartilhou fotos de um acampamento em chamas e um grande estoque de armas e munições que eles alegaram ter capturado no ataque.

No dia seguinte, as forças de segurança ruandesas foram destacadas ao local do ataque e as forças moçambicanas retornaram às suas posições.


Mais de 100 crianças foram engravidadas supostamente por pessoas envolvidas no processo de distribuição da ajuda humanitária às vítimas do terrorismo em Cabo Delgado.

Segundo Zumbo FM, a informação foi divulgada durante a Conferência Anual de Coesão Social, realizada entre 19 e 20 de Fevereiro de 2025 em Pemba, por Abudo Gafuro, fundador da organização não governamental Kuendeleya.

"Conheço mais de 100 crianças, abaixo de 18 anos, todas elas grávidas só por causa de um saco de arroz de 25kg e 5 litros de óleo da cozinha que o Estado moçambicano vai pagar caro", revelou Gafuro, denunciando como as promessas de ajuda podem acabar gerando consequências devastadoras para as jovens da região.

Gafuro também criticou a atitude de actores externos que, segundo ele, estão mais preocupados com interesses pessoais do que com o bem-estar da população.


O grafite extraído na mina moçambicana de Balama pela mineradora australiana Syrah vai ser usado a partir de 2026 nas baterias da fabricante de carros elétricos norte-americana Lucid, considerada uma das mais avançadas do mundo.

A Agência Lusa, informa que a Syrah deu a conhecer numa informação aos mercados que se trata de um acordo de três anos que envolve a fábrica Vidalia, pertencente Lucid, nos Estados Unidos da América, e que, por sua vez, é alimentada pelo grafite extraído no norte de Moçambique.

Durante o período do acordo, prevê-se o fornecimento de 7 mil toneladas de material de ânodo ativo de grafite natural). A mineradora australiana citada pela Lusa, refere que a Vidalia, alimentada pela mina de Bolama, na província de Cabo Delgado, "é uma fonte essencial de fornecimento de minerais essenciais para o mercado norte-americano de baterias para veículos elétricos".

A Lucid é uma empresa de tecnologia cotada na Nasdaq, sediada em Silicon Valley e que está a trabalhar na criação dos veículos elétricos mais avançados do mundo, com o melhor desempenho e eficiência da sua classe, informou a Syrah.


Sejam bem vindos a mais uma edição do progama de rádio sobre a paz e estabilidade! No episódio de hoje, procuramos soluções reais para os desafios de segurança e justiça de Cabo Delgado.

Embora a construção da paz tenha a ver com ideias de grande dimensão, a mudança acontece a nível local - nos bairros, entre as forças de segurança e os civis, e nos tribunais comunitários.

É por isso que, em janeiro, um seminário envolvendo distritos em Palma, realizado pelo projeto Paz e Estabilidade, abordou uma questão difícil:

Como fazer com que a segurança, a proteção e a justiça funcionem para as pessoas?

Os resultados? Uma nova e ambiciosa visão de colaboração que já está a ser posta em prática.

Durante o seminário sobre Paz e Estabilidade, as forças de segurança e os líderes comunitários decidiram quebrar as barreiras - não apenas as físicas, mas também as sociais.

Desenvolveram uma visão comum para o seu bairro, utilizando ferramentas participativas para planear como podem:

  • Criar confiança entre os militares e os civis
  • Promover a consciencialização para os direitos humanos
  • Melhorar a segurança através da cooperação e não do controlo

E não se trata apenas de conversa - a ação já começou.

Mas a segurança não é a única preocupação - a justiça também é importante.

Em muitas comunidades, as disputas legais nunca chegam aos tribunais porque as pessoas não confiam no sistema. É por isso que os juízes, a polícia e os representantes da comunidade se juntaram para definir conceitos-chave:

  • O que é que “justiça” significa realmente em Cabo Delgado?
  • Como podemos encontrar um equilíbrio entre a aplicação da lei e os direitos humanos?
  • Que papel desempenham as comunidades na garantia da justiça?
  • A partir destas discussões, foram feitos entendimentos claros para
  • Melhorar a comunicação entre a polícia e os cidadãos
  • Tornar os tribunais comunitários mais acessíveis
  • Assegurar que as forças de segurança actuam com dignidade e responsabilidade

Então, o que vem a seguir?

A mudança leva tempo, mas graças aos seminários do Projeto Paz e Estabilidade, as bases estão agora criadas.

Esperamos que tenha gostado de ouvir.

Fique connosco enquanto continuamos a seguir estes desenvolvimentos. Este é o programa de rádio do Projeto Paz e Estabilidade, que lhe traz as histórias que interessam. Até à próxima - juntos, somos mais fortes.


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