Bem-vindo à Voz de Cabo Delgado. É sexta-feira, 18 de fevereiro de 2021.

No boletim de hoje:

🔸Ruanda expande zona de segurança

🔸Milícias de Nangade querem armas e munições

🔸Deslocados optando por ficar na Vila de Mecula

O presidente de Ruanda, Paul Kagame, disse que as forças de seu país já libertaram pelo menos oitenta por cento [80%] das áreas que estão sob seu controle, de insurgentes. Nhica de Rovuma e Pundanhar, no distrito ocidental de Palma, são os mais recentes ganhos após as operações de limpeza de contra-insurgência pelas Forças de Defesa do Ruanda, a polícia ruandesa e as forças de defesa e segurança de Moçambique terem sido concluídas na semana passada. A expansão da área de segurança ao redor da cidade de Palma está levantando questões sobre o plano de longo prazo da força conjunta. O CEO da gigante energética francesa TotalEnergies, Patrick Pouyanné, disse estar disposto a esperar o tempo que for necessário para que a segurança volte a Cabo Delgado antes de a sua empresa reiniciar os trabalhos no seu projeto de gás natural liquefeito em Afungi. Ele disse que o trabalho não pode recomeçar na fábrica se estiver cercada por soldados e se houver pessoas deslocadas vivendo em campos ao redor de Palma. Dois [2] insurgentes foram capturados e outros dois [2] mortos durante as operações de limpeza. Dezessete [17] civis que haviam sido sequestrados foram levados sob custódia do governo. Nenhum outro detalhe foi dado.

Milícias locais na província de Nangade pediram armas mais modernas e mais munição para ajudá-los a obter ainda mais ganhos no combate à insurgência. As milícias locais emboscaram dois grupos de insurgentes usando informações recolhidas de um insurgente que capturaram enquanto patrulhavam a floresta perto de Namuembe. Milicianos reforçados por vigilantes da população local lançaram uma emboscada em represália ao ataque à aldeia de Namuembe na segunda-feira, 7 de Fevereiro. Os insurgentes mataram um civil, queimaram casas e saquearam bens quando atacaram. A força local, em troca, matou sete insurgentes e os expulsou da aldeia, mas três dos vigilantes locais e um miliciano perderam a vida. Alguns lutaram com arcos e flechas, e os que tinham rifles ficaram com pouca bala. Uma segunda emboscada contra insurgentes resultou na morte de seis insurgentes. Outros doze [12] ficaram feridos. O insurgente capturado informou que a base de seu grupo fica perto da cidade de Nangade e a maioria de seus líderes são tanzanianos.

Algumas das pessoas que foram deslocadas à força de Naulala One [1] e Nampequeso no distrito de Mecula, na província de Niassa, disseram estar relutantes em regressar às suas aldeias de origem. Funcionários do governo querem. Em vez disso, eles estão escolhendo ficar na cidade do distrito de Mecula porque estão com medo de que, se voltarem, corram o risco de serem atacados novamente. Nenhuma atividade insurgente na província de Niassa foi relatada este ano.

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